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    Jovem do Acre tenta suicídio ao ingerir água oxigenada após chegar à prova nº 50 do “Baleia Azul”

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    Uma jovem de 17 anos, moradora de Epitaciolândia, no interior do Acre, é a primeira vítima declarada do jogo “Baleia Azul”, que vem deixando vítimas pelo mundo. Desde que entrou no game, em fevereiro, a garota diz que já se mutilou e agora estava na prova de número 50, ou seja, uma das últimas provas antes de encerrar o ciclo.

    Nessa etapa do jogo, a menina precisou ingerir água oxigenada e um pó branco, que ainda não se sabe se é cocaína ou cloro para limpeza de piscina, informou uma fonte do ac24horas na tarde deste domingo, dia 23. A menor precisou ser socorrida às pressas por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Já no hospital vomitou sangue e ficou desacordada por um tempo.

    A mãe da vítima do jogo, que pediu para não ser identificada, concedeu entrevista exclusiva ao site O Alto Acre, e contou sobre o susto em saber sobre a ligação da filha com o jogo. “Fico assustada, pois a gente faz de tudo para que nossos filhos fiquem protegidos e daí acontece isso”, desabafou.

    O delegado da cidade, Roberto Lucena, explica que já iniciou as investigações sobre o caso. “Já pegamos o celular e já conseguimos identificar algumas pessoas. Conversamos com parentes e vamos iniciar a ir atrás delas. Queremos identificar qual a ajuda que cada um desses deu. Por isso eu digo que os pais têm que enfatizar mais, vigiar mais os filhos”, comentou.

    No Brasil, em menos de uma semana, a imprensa divulgou que uma jovem de 16 anos, de Vila Rica (MT), cometeu suicídio. Um rapaz de 19 anos, que vivia em Pará de Minas (MG), também foi vítima do jogo mortal. Ambos cometeram suicídio e têm os casos investigados pela polícia judiciária. O intuito é descobrir e prender quem incentiva o jogo no país.

    Segundo a psicóloga clínica Karoline Brilhante, os pais precisam observar mais os filhos e atentar para a mudança de comportamento que eles podem apresentar. “Tem que ver se o menino ou a menina está colocando roupas com manda comprida, pulseiras demais nos braços [para esconder ferimentos], ou se ele está sempre usando o celular ou computador”, explica.

    Além disso, há um ponto ainda mais curioso e preocupante, segundo a psicóloga: “Tem que ficar atento porque não é normal trocar a rotina para ficar no computador. Percebido isso, ou até outras mudanças, tem que procurar um psicólogo. Os pais são essenciais nessas horas. Além de chefes da casa, o pai e a mãe precisam ser amigos dos filhos. Hoje, as crianças preferem procurar respostas na internet, que perguntar ao próprio pai. Isso não é saudável”, completou Karoline Brinhante.

    Da redação ac24horas