Esta denúncia de que a prefeita Marilete Vitorino (PSD) elegeu-se trocando votos por requisições de gasolina, formulada em uma audiência judicial pelo coordenador da sua campanha, empresário Grandi Almeida (PP), deve ser lida por várias facetas.
A primeira é perguntar por qual razão o empresário, partícipe da tramóia, aceitou se envolver e não denunciou durante a campanha? Foi co-autor do crime eleitoral. Deve ter sido contrariado em alguma pretensão.
A segunda é que isso não invalida a acusação judicial de compra de votos, afinal, o Grandi era da entranha da campanha, quem comandava os bastidores.
Terceiro é saber por qual motivo a prefeita Marilete Vitorino (PSD), que chama o denunciante de “bandido”, o colocou para ser a peça principal da sua campanha? Não se entrega uma campanha a quem não se tem afinidade e confiança.
E a quarta observação é que tudo o que foi narrado em juízo deve mesmo ter acontecido, este rapaz jamais o faria se não tivesse como sustentar com provas a grave acusação, que pode redundar na cassação da prefeita Marilete, que entrou num cipoal de espinhos.
Uma coisa é certa: não tem santo nesta procissão política (se é que exista político santo), estão todos no mesmo saco de estopa: o Grandi porque estava na cena principal como protagonista e a Marilete por dar aval a que a operação acontecesse.
A prefeita Marilete (foto) está com o que se chama de “bicho na capação”.
Não sejamos hipócritas
O que aconteceu em Tarauacá é o que acontece em todo bastidor de campanha política.
Deve ter ocorrido em todos os municípios onde houve a disputa para prefeito.
Não sejamos hipócritas de pensar que uma campanha política é feita com as cenas externas.
E no bastidor que as grandes traquinagens acontecem, principalmente, nas campanhas majoritárias.
Uma acusação que pesa
É uma acusação que pesa por não ter sido feita por alguém da oposição, mas por um aliado.
Continue lendo a coluna do Luiz Carlos AQUI