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    Prefeitos pleiteiam redução de tarifa cobrada por distribuidora de energia

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    Diante da crise que castiga os municípios acreanos, os prefeitos aproveitaram a reunião que tiveram com o gestor da Eletrobras Distribuidora no Acre para pedir a revisão dos valores pagos pelos serviços prestados em suas comunidades. O valor do serviço prestado corresponde por 10% do valor das faturas, mas os gestores pleiteiam uma redução de pelo menos 50% deste percentual cobrado pela administração das contas dos consumidores.

     “Por enquanto prevalece o valor da taxa cobrada, mas não está descartada a revisão dos valores estipulados”, admitiu o gerente do Departamento Comercial da Eletrobras Distribuidora no Acre, Roberto Monteiro.

    Monteiro explicou que o assunto ficou para ser tratado em uma outra reunião, mas a diretoria da Eletroacre deverá avaliar o impacto desta desoneração do percentual de 5% pleiteado. Para a concessão da medida, segundo ele, seria preciso a assinatura de um Termo Aditivo para a revisão do convênio existente assinado pelas gestões anteriores. “A empresa avaliará o pleito dos gestores municipais”, informou.

     O gerente do Departamento Comercial da Eletrobras Distribuidora no Acre ressaltou ainda que os gestores da Associação dos Municípios do Acre (Amac), ficou responsável de encaminhar um documento apontando os prejuízos, como têm sido alegado pelos gestores municipais. Explicou que a reunião teve como objetivo discutir a renegociação das dívidas pendentes que os prefeitos herdaram das gestões passadas, mas os prefeitos alegaram que os valores cobrados estão comprometendo as combalidas finanças das prefeituras.

     Os prefeitos que estiveram presentes no encontro cobraram a expansão da rede elétrica nos novos loteamentos imobiliários e a manutenção do serviço da eletrificação rural.

    “Conseguimos parcelar os nossos débitos e temos enfrentado severas dificuldades para pagar estas parcelas negociadas em dias”, criticou na ocasião, o prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores.

    Monteiro informou que em muitas localidades que estão sob judice, a empresa está impedida por força de decisão judicial de expandir a rede elétrica. Diante do impasse, ficam impedidos de cobrar a energia consumida pelas famílias nestas áreas de invasão.

     “O município mais problemático é a capital acreana, porque tem muitos casos judicializados”, observou o gestor da empresa de distribuição de energia elétrica.

    Cezar Negreiros