O Acre foi o que mais perdeu postos de emprego no 1º trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado apresentou a maior variação do país, aumentando 4.9 pontos percentuais na taxa de desocupação.
Isso porque a taxa de desemprego média no Acre nos três primeiros meses do ano subiu de 13,1% para 18%. Conforme o levantamento, de janeiro a março deste ano, 64 mil pessoas ficaram desempregadas no Acre, sendo que no último trimestre do ano passado foram 48 mil trabalhadores.
O desemprego no trimestre encerrado em março é o maior da história, segundo série da Pesquisa Nacional pode Amostra de Domicílios (Pnad), iniciada no 1º trimestre de 2012.Evolução da taxa de desemprego no Acre.
Com relação ao primeiro trimestre de 2018, o número de desempregados também cresceu no estado. Segundo os dados, naquele período, 52 mil pessoas perderam os postos de trabalho.
O nível de ocupação no estado, por sua vez, foi de 44,6% nos três primeiros meses de 2019. Segundo a IBGE, essa foi a menor taxa da série desde 2012.
Além dos 34 mil ocupados sem carteira assinada, o Acre apresentou 64 mil pessoas que trabalham com carteira assinada e 92 mil que trabalham por conta própria.
A PNAD aponta ainda que a taxa de subutilização do primeiro trimestre no Acre foi a maior dos últimos sete anos, com 35%.
Esse grupo reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos.
Dados nacionais
A taxa de desocupação do Brasil no primeiro trimestre de 2019 ficou em 12,7%, acima dos 11,6% do trimestre anterior, mas abaixo dos 13,1% dos três primeiros meses de 2018.
O desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre, na comparação com o trimestre anterior, segundo os dados divulgados. Nos demais estados, houve estabilidade.
Segundo o IBGE, as maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e as menores em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.
O desemprego no trimestre encerrado em março é o maior desde o trimestre terminado em maio de 2018. São 13,4 milhões de desempregados no país, ante um universo de 12,1 milhões no último trimestre do ano passado.
Na comparação com o 4º trimestre, as maiores variações foram registradas no Acre 4,9 pontos percentuais (p.p.), Goiás (2,5 p.p) e Mato Grosso do Sul (2,5 p.p).
Por G1