A mulher é um dos seres mais enigmático que o homem no sentido másculo da palavra conhece. Quanto mais estudamos sobre este ser, mais há o que saber do universo feminino. Dessa forma, os editores do Portal Tarauacá estão dedicando um espaço para falar a respeito das mulheres, realizando entrevista, trazendo dicas de saúde, imagens e histórias de superação que tocam o coração do leitor. O “Espaço Divas” ainda está sendo formatado no layout da página. Seja mulher famosa, seja mulher anônima, todas têm voz e vez na coluna do site.
A cruzeirense Kassia Ribeiro, uma jovem mãe, diga-se de passagem, “mãe coruja”, uma pessoa desconhecida da maioria dos munícipes de onde ela reside, é a primeira entrevistada do nosso quadro. Ela nos relata fato de sua vida, como é o antes e depois de ter uma criança e, também como encara os desafios de criar essa criança sozinha. Longe da presença paterna.
Kassia não deixa dúvidas nas respostas, principalmente quando o tema é sexo, um ato praticado por quase todas as pessoas adultas, mas, que ainda existe um grande tabu ao falar a respeito do assunto.
Portal Tarauacá: Como você define a Kássia Ribeiro antes de ser mãe e após ser mãe?
KR: Eu sempre fui eu mesma em todas as situações, clara, objetiva, durona, às vezes, fria. Gosto de sair, beber com os amigos. Contudo, após ser mãe muita coisa mudou na minha vida. Me prende muito, não saía para beber por conta da saúde minha e do meu filho. Mas me definir antes e depois do filho em questão de personalidade sou a mesma pessoa, porém, em questão de vida após o filho para quem gostava de sair com os amigos as regalias acabaram. (Risos).
PT: Como é criar um filho sem ter a presença diária do pai, auxiliando a educar e sendo referência?
KR: Essa é uma questão muito difícil, contudo, não impossível. Não vou dizer que é bom porque como todos nós sabemos que criar um filho só não é fácil. Um filho requer muitos cuidados e atenção. Eu cuido dele sozinha desde quando nasceu. A questão é por conta da presença do pai, porque a criança sente a falta do pai, mas nada que com o tempo isso não passe e ele percebe que está ali somente nós dois. As dificuldades vou tirando de letra. (Brinca).
PT: Nota algum preconceito com você por ser mãe solteira?
KR: Olha em algumas questões sim. Porque muita gente acha que você com um filho deveria ser casada, ter casa própria, trabalhar, ter um emprego bom. Com relação as amizades, apesar de você não ter perguntado sobre isso, a pior parte é quando alguém te olha com um olhar de preconceito. Além disso, a maioria das amizades é só ali quando você está grávida, sempre dizendo aquela velha frase: “titia ama, titia cuida, não vejo a hora de nascer”. Isso é a pior ilusão que uma grávida pode escutar, pois muita gente teve perto da minha gravidez, mas a maioria foi para bisbilhotar, fazer fofocas, alfinetar, dar palpites. Depois que nasce, amam ali pelos primeiros dias porque é pequeno e bonitinho, pega devolve, somente nos primeiros meses. Porque depois que cresce somem. Quando precisa de ajuda todos somem, aqueles lá atrás quando estava grávida que dizia estou aqui para o que der e vier sumiram. Quando a coisa realmente aperta todos somem, não tem um para ajudar. Essas mesmas pessoas são aquelas que fazem piada porque te chama para algum lugar e você fala que não pode. “Ah, agora você vai ver o que é bom, não vai sair mais, tem mais um, dois, é bom”. Essas amizades, hoje, eu me afastei nem se quer falo mais, pois aprendi muito com essas coisas, cada piadinha sem graça fez eu entender que antes de ter filho eu era aquela amiga das alturas, depois virei um copo descartável para essas amizades falsas!
PT: Vamos falar agora de um assunto que ainda gera um enorme tabu na sociedade: sexo. Como você define o sexo? Faz por amor ou por prazer?
KR: Defino da seguinte forma: sexo tem que ser uma coisa que traga prazer tanto para o homem quanto para a mulher. Acho que os dois [ sexo e amor] em quaisquer circunstâncias tem que fazer por amor e prazer. Mas essa questão de fazer por amor ou por prazer, eu defino isso com quem eu gosto de estar na cama, naquele momento. Amor e prazer, essas palavras tem que andar juntas na hora do sexo. Porque se fizer amor por fazer e não sentir prazer isso não é sexo!
PT: Algumas mulheres são contra a prática do ato sexual no primeiro encontro, muitas das vezes com medo do que alguns homens saem dizendo. Contigo, acontece no primeiro encontro ou é necessário se conhecer melhor?
KR: Olha isso é uma questão das duas pessoas, pois, comigo já aconteceu de rolar aquele clima com uma pessoa e acabar rolando sexo no primeiro encontro. Isso vai muito do clima que estiver rolando entre as duas pessoas. É só se prevenir e já!
PT: Outro tabu em relação ao sexo é a prática do sexo anal. O que tem a dizer sobre o tema?
KR: Olha isso é um assunto meio complicado para cada mulher. Porque tem as que gosta e, por outro lado, tem as que não gosta. Só isso que tenho a dizer a respeito. Todavia, a maioria dos homens tem esse “fetiche” por sexo anal.
PT: Nas redes sociais você se apresenta como uma mãe coruja. Fale um pouco mais dessa relação com o seu filho?
KR: Cara a minha relação com o meu filho é uma ligação no 220 direto. Porque somos apenas nós dois desde quando ele nasceu, então isso é muito intenso, e eu sou uma mãe coruja 100%. Amo, cuido, educo… então eu e ele somos muito ligados um ao outro, e ele não sai de perto de mim por nada.
Empreendedora, Kassia cria o filho com recursos da venda de lingerie, vendas de empadas e brigadeiro.
Mande sugestão de pauta voltado para o universo feminino.
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