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    TRE decide futuro de Ilderlei Cordeiro no próximo dia 2 de dezembro ; Vagner Sales, algoz do atual gestor de Cruzeiro do Sul, também faz parte do processo

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    Está marcado para o próximo dia 2, no Tribunal Regional Eleitoral do Acre, o julgamento do recurso impetrado pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro,  contra a decisão de primeira instância que cassou o seu mandato. No mesmo processo como réu está o ex-prefeito Vagner Sales. O caso diz respeito a um flagrante por compra de votos de um candidato a vereador pelo PSDB, na última eleição municipal, ação urdida pelo ex-prefeito Vagner. Ilderlei Cordeiro foi arrolado porque chegou ao recinto depois do ocorrido. O TRE-AC tem dois caminhos: absolver o prefeito Ilderlei Cordeiro e o ex-prefeito Vagner Sales, os livrando da cassação. Como alternativa manter a condenação de ambos e as respectivas cassações. Nesta segunda opção não caberia Recurso Ordinário por ser ação da esfera municipal. Caberiam como recursos os Embargos, que não demoram a ser julgados. Se mantidas as condenações e os Embargos não forem aceitos, seria então marcada uma nova eleição para um mandato-tampão, cujo vencedor ficaria até o novo eleito em 2020. No caso de condenação a previsão é que tudo só tenha o seu desfecho para fevereiro de 2020, após o julgamento dos embargos.

    RECURSO ESPECIAL

    Como última cartada em caso de condenação e não aceitação dos embargos para se manter no cargo, o prefeito Ilderlei Cordeiro poderia impetrar ainda um Recurso Especial no TSE, pedindo uma Liminar até o julgamento do mérito, por terem sido aceitas provas conseguidas de maneira ilícita por meio de gravação não autorizada pela justiça. Muita coisa pode ocorrer.

    OTIMISMO COM A ABSOLVIÇÃO

    Há um otimismo do prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, de que a sua condenação já seja derrubada no TRE-AC, por as provas serem ilícitas e por estar ausente quando a compra de votos foi negociada pelo ex-prefeito Vagner Sales, que na época apoiava a sua candidatura.

    PARTICIPAÇÃO TUCANA

    Buscando o início do episódio que redundou na ação judicial, o flagrante da compra de votos foi armado no grupo do PSDB que apoiava o candidato a prefeito Henrique Afonso (PSD). Quem encaminhou o candidato a vereador do grupo tucano para denúncia na Polícia Federal foi o então deputado federal Major Rocha (PSD). A meta era beneficiar o candidato tucano.

    Luís Carlos Moreira Jorge, do Blog do crica – ac24horas.com