Eleitos como representantes da área de segurança pública: Cadmiel Bonfim (PSDB) e Ghelen Diniz (Progressistas) ao tomarem posses esqueceram dos seus colegas de fardas e votam de acordo com o que governo quer e manda. Para os dois, mais vale as indicações políticas do que ter o apoio dos policiais militares, civis e dos profissionais da saúde, ambas classes lidam diretamente no combate ao covid-19.
Na votação do crédito adicional de 92 milhões, um programa do governo para combater o Coronavírus, Edvaldo Magalhães apresentou uma emenda que destinava 10% deste recurso para o pagamento de auxílio para os profissionais das áreas segurança pública e de saúde, 5 milhões para cada área. A emenda foi proposta porque o governo ao apresentar o programa não disse de que forma ia gastar, ou seja, faltou as rubricas orçamentárias. Ou seja, explicação aonde e como será gasto o dinheiro público.
Cadmiel que é sargento da Polícia Militar e Ghelen Diniz policial rodoviário federal, com o apoio de Chico Viga, presidente da Comissão Conjunta (Justiça e Orçamento) derrubaram a emenda de Magalhães, prejudicando os trabalhadores das áreas mais expostas ao covid-19. Lembrando que os deputados são da base governista. Ghelen é o líder do governo e os outros dois tem cargos na gestão Cameli.
Isto é, para os deputados Ghelen, Bonfim e Chico Viga, é melhor ter cargo no governo do que apoio dessas categorias, afinal a eleição para deputado ocorre somente em 2022.
Roberto Duarte (MDB), Daniel Zen (PT) apoiaram a emenda de Magalhães.
Por Leandro Matthaus