A Latam Brasil anunciou nesta quinta-feira (9) que entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos em razão dos impactos da crise do coronavírus nas operações da companhia.
O grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos já tinham entrado em maio deste ano no processo de reestruturação de dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, que permite um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente. Naquela ocasião, entretanto, a Latam Brasil tinha ficado de fora.
“Tomamos esta decisão neste momento para que a empresa possa ter acesso a novas fontes de financiamento. Estamos seguros de que estamos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desafio de transformar a empresa para que ela se adapte à nova realidade pós-pandemia e garanta a sua sustentabilidade no longo prazo”, comenta Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil.
Antes da entrada da afiliada brasileira no processo de recuperação nos EUA, o valor total da dívida a ser reestruturada estava estimado em US$ 14,9 bilhões.
Negociação com o BNDES
A empresa disse ainda que continua negociando um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Este movimento pode facilitar o financiamento que está em negociação com o BNDES, além de oferecer uma opção mais segura ao Banco, já que o DIP (Debtor-in-possession) tem prioridade em relação a outros passivos da empresa”, acrescentou Cadier.
A reestruturação sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falência dos Estados Unidos e é um processo semelhante à recuperação judicial no Brasil. A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.
Por G1