Os Estados Unidos devem iniciar nesta segunda-feira (14) a vacinação contra Covid-19 com o imunizante desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.
A vacina recebeu no domingo (13) a aprovação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos EUA, para o começo da campanha. Profissionais de saúde na linha de frente devem ser os primeiros a receberem suas doses.
O diretor do CDC, Robert R. Redfield, comemorou no domingo a aprovação do imunizante em momento crítico, de nova alta de casos do novo coronavírus nos EUA. Neste sábado, o país registrou 3.309 mortes por Covid-19 nas 24 horas anteriores.
“Tive o orgulho de assinar a recomendação do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização para usar a vacina Covid-19 da Pfizer em pessoas com 16 anos ou mais. Esta recomendação oficial do CDC segue a decisão da FDA de sexta-feira de autorizar o uso emergencial da vacina”, diz Redfield.
Profissionais de saúde participam de simulação da aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19, na Indiana University Health, em Indianápolis, no dia 11 de dezembro — Foto: Bryan Woolston/Reuters
Na avaliação do órgão, publicada no domingo, a vacina da Pfizer tem alta eficácia em todas as faixas de idade, sexo, raça, etnia e entre pessoas com “condições médicas subjacentes”, bem como entre participantes com evidência de infecção anterior pelo Sars-CoV-2 (o novo coronavírus).
O chefe da Operação Warp Speed, iniciativa para acelerar o desenvolvimento de vacinas, Moncef Slaoui, afirmou que os Estados Unidos pretendem ter cerca de 40 milhões de doses da vacina distribuídas até o final de dezembro, o que incluiria a vacina recém-autorizada da Pfizer e uma da Moderna. A expectativa é que esse segundo imunizante consiga autorização para uso de emergência ainda nesta semana.
Outras 50 a 80 milhões de doses serão distribuídos em janeiro, e o mesmo número em fevereiro, disse Slaoui. Ambas as vacinas – da Pfizer e da Moderna – requerem duas doses por pessoa.
Uso emergencial
Na tarde do sábado foi feita uma votação entre os conselheiros do CDC para avaliar a recomendação da vacina e, com 11 votos a favor e três abstenções, o comitê aprovou o imunizante, que foi liberado para uso emergencial na sexta-feira (11) pela agência reguladora de medicamentos americana, a FDA.
Com esta autorização formalizada pelo órgão, o governo norte-americano planeja acelerar a vacinação nas próximas semanas e meses.
O general do Exército dos Estados Unidos Gustave Perna disse em uma coletiva de imprensa neste sábado que as primeiras doses da vacina da Pfizer e BioNTech seriam entregues em 145 localidades ao redor do país na segunda-feira (14).
As demais 636 localidades de entrega selecionadas pelos estados e territórios dos Estados Unidos receberão as doses na terça-feira (15) e na quarta-feira (16).
Caminhões deixam fábrica da Pfizer nos EUA com vacina rumo à distribuição
Os caminhões carregando as primeiras doses da vacina da Pfizer e BioNTech começaram a deixar a fábrica em Michigan, nos Estados Unidos, neste domingo (13).
Os funcionários da Pfizer chegaram a aplaudir quando os primeiros lotes da vacina deixaram a fábrica. Além da equipe da farmacêutica, representantes do CDC acompanharam a preparação dos pacotes.
Essa vacina exige condições muito específicas de armazenamento e transporte, por isso as primeiras doses foram agrupadas em caixas com gelo seco, que devem manter a temperatura das vacinas a -70 ºC.
Fábrica da Pfizer despacha primeiros lotes da vacina nos EUA
Outros países
O Reino Unido e Bahrein aprovaram o uso do imunizante na semana passada. A Health Canada, agência que regula as vacinas no país, aprovou na quarta-feira (9) a vacina da Pfizer. Após a revisão de dados, os canadenses concluíram que a vacina é segura e eficaz e já pode ser aplicada em todo o país, de forma emergencial, em pessoas maiores de 16 anos.
No dia seguinte, a Arábia Saudita também aprovou a aplicação do imunizante no país. Horas antes de a FDA anunciar a aprovação da vacina na sexta, o órgão regulador mexicano Cofepris liberou o imunizante da Pfizer.
Por G1