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    As quatro cartas da sucessão estadual de 2022

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    Por Luís Carlos Moreira Jorge, Blog do Crica

    A MESA DO JOGO SUCESSÓRIO da eleição para o governo do estado, na eleição do próximo ano; está posta, e as cartas principais conhecidas. Abre a rodada, o governador Gladson Cameli, que cometeu um erro político ao apoiar uma candidata de partido adversário para a PMRB, a Socorro Neri (PSB), que causou fissuras na aliança que o elegeu em 2018 ao governo, mas que busca agora recompor alianças e refazer pontes quebradas. Em qualquer cenário da disputa pelo Palácio Rio Branco, ele será muito forte. Tem carisma e disputará a reeleição no poder. O seu adversário mais duro será o senador Sérgio Petecão (PSD) que, na eleição de 2018, não só foi o senador mais votado, mas obteve mais votos que o próprio governador. Petecão está em franca campanha pelos municípios do interior, organizando o PSD, e fazendo alianças nos bastidores. Não é um candidato para ser menosprezado, porque acorda e dorme pensando em política, além de se mexer bem nos grotões, onde se encontra o eleitor que decide a eleição. A outra carta poderá ser o ex-senador Jorge Viana (PT), que mesmo tendo perdido a vaga no Senado, seu partido ter saído destroçado na eleição estadual e na eleição municipal, o JV tem votos além dos muros vermelhos do PT. Está em fase de avaliação dos quadros nacional e regional, conversando muito, para assumir ou não a candidatura ao governo. Pesa ao seu favor ter sido um bom governador. Trabalha neste primeiro plano o Governo, tendo como “Plano B”, o Senado. E, a última carta é o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que mesmo não disputando a eleição, terá importância, porque apoiará a candidatura do Petecão, e terá um peso na disputa. Perdeu muito do seu capital político desde a sua posse, com ações desastradas, mas tem um longo tempo para recuperar a popularidade até a eleição do próximo ano. É o prefeito do maior colégio eleitoral, e dependendo como chegar no mês eleitoral, ou puxará o aliado Sérgio Petecão (PSD), para cima ou para baixo. E, é neste cenário, que será travada a mãe de todas as batalhas pelo comando do governo do estado em 2022.