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    Bebê nasce em SC com anticorpos contra a Covid, dizem médicos

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    A Secretaria de Saúde de Tubarão, no Sul catarinense, informou nesta quarta-feira (19) que um bebê nasceu com anticorpos contra a Covid-19 na cidade. A mãe, Talita Mengali Izidoro, é médica, trabalha em um posto de saúde da cidade e foi vacinada quando estava com 34 semanas de gestação.

    Enrico nasceu no dia 9 de abril e o teste que comprovou a presença de anticorpos foi realizado dois dias depois, sendo avaliado por diferentes médicos, incluindo o secretário municipal de saúde da cidade, o obstetra que acompanhou a criança, além da mãe de Enrico e dos profissionais do laboratório que fez o exame.

    O resultado mostrou 22% de anticorpos na amostra analisada. Segundo o Secretário de Saúde da cidade, o médico Daisson José Trevisol, esse é o primeiro caso documentado da região.

    Mesmo com o resultado de neutralização do SARS-COV-2, a família não relaxou nos cuidados, conta a mãe.

    O teste de neutralização SARS-COV-2 foi feito com amostras de sangue da criança por um laboratório catarinense e encaminhado para análise fora do Estado. Com o resultado em mãos, mostrando que as amostras eram reagentes, ou seja, tinham anticorpos contra o vírus, a família decidiu enviar o exame para especialistas, que confirmaram o fato.

    Um artigo científico esta sendo elaborado no programa de Pós Graduação de uma universidade na região para documentar a descoberta e publicá-la. Participam do estudo a gerente e o secretário de Saúde do município, pesquisadores da universidade e a própria mãe.

    A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) foi comunicada sobre o caso e informou ao G1 que vai aguardar um relatório para acompanhamento.

    Questionado pelo G1 SC, o Ministério de Saúde não informou até as 17h se foi notificado e se há outros casos semelhantes no país.

    Enrico será acompanhado e passará por novos exames com 3 e 6 meses de vida para avaliar se ele segue com a presença dos anticorpos no sangue da criança. Isso porque a duração da proteção do anticorpo em um bebê ainda é desconhecida.

    Por G1