Por France Presse
Os diabos-da-tasmânia (ou demônios-da-tasmânia) em estado selvagem desapareceram da parte continental da Austrália há cerca de 3 mil anos, mas grupos conservacionistas anunciaram, nesta terça-feira (25), que exemplares destes marsupiais reintroduzidos se reproduziram em estado natural.
Estes nascimentos trazem a esperança de que o esforço para sua preservação seja bem-sucedido.
Aussie Ark e outros grupos conservacionistas revelaram que sete desses mamíferos carnívoros nasceram em uma reserva selvagem de 400 hectares, em Barrington Tops, ao norte de Sydney.
- Como uma molécula descoberta no Brasil pode salvar o diabo-da-tasmânia de extinção
- Agressividade do diabo-da-tasmânia o torna propenso a ter tumores letais
A notícia chega menos de um ano depois que 26 exemplares adultos foram soltos no extenso santuário, que é cercado para protegê-los.
Os conservacionistas classificaram este projeto como “histórico”, similar ao retorno bem-sucedido dos lobos ao Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, na década de 1990.
“Uma vez que (os demônios) estavam de volta à selva, tudo dependia deles, o que era angustiante”, comenta o presidente da Aussie Ark, Tim Faulkner.
“Ficávamos observando-os de longe até que chegou a hora de agir para confirmar o nascimento dos nossos primeiros filhotes selvagens. Foi um grande momento!”, comemorou.
Os guardas florestais examinaram as bolsas (ou marsúpios) das fêmeas e encontraram os filhotes em “perfeito estado de saúde”.
Os diabos-da-tasmânia pesam até 8 quilos e têm pelo preto, ou marrom. Alimentam-se de outros animais de seu ambiente, ou de cadáveres. Em geral, não são perigosos para os humanos.