Por Guilherme Valtenberg , Poder360
O juiz federal de 2ª instância William Douglas é um religioso. E o religioso William Douglas não abre mão de ser juiz. E as duas escolhas, ele avalia, não comprometem em nada o Estado laico. Mais do que isso, ele diz que a sua experiência religiosa foi o que permitiu que ele se desenvolvesse na carreira.
O fato de ele ser evangélico, e ter bom trânsito entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro o colocaram como um dos possíveis indicados do presidente ao STF em julho, quando Marco Aurélio Mello se aposentará.
O presidente chegou a dizer que indicaria alguém “terrivelmente evangélico” para o cargo. Nesse ponto, o juiz e o religioso se encontram e ele defende o argumento presidencial.
“Já houve escolhas para tribunais superiores, inclusive o STF, que se nortearam pela necessidade de efetivar a representatividade das mulheres e da população negra. Evangélicos são mais de 30% da população e não estão representados no Supremo, onde existem onze ministros com diversas crenças. É válido e correto que o presidente queira corrigir essa distorção e indique um evangélico para o STF”, disse, em entrevista por escrito para o Poder360