A prévia da inflação oficial desacelerou e subiu 0,44% em maio, abaixo da taxa de abril (0,60%), divulgou nesta terça-feira (25) o IBGE. Apesar da perda de ritmo, esse é o maior resultado para um mês de maio desde 2016, quando o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi de 0,86%. O resultado foi puxado, principalmente, pelo aumento no preço da energia elétrica.
Com o resultado, o indicador acumula 3,27% de subida e, nos últimos 12 meses, variação de 7,27%, acima dos 6,17% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa foi de -0,59%.
Se confirmado, o índice vai figurar, pelo terceiro mês consecutivo, acima do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o índice oficial de preços, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais (5,25%) ou para menos (2,25%).
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados ganharam ritmo em maio. O maior impacto (0,16 p.p.) veio de Saúde e cuidados pessoais (1,23%), que acelerou em relação a abril (0,44%). Houve aumentos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores, dermatológicos, anti-infecciosos e antibióticos e hormonais.
Mas foi a alta na energia elétrica (2,31%), no grupo habitação (0,79%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice (0,10 p.p.).
Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. A mudança ocorreu depois de quatro meses seguidos da bandeira amarela em vigor, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343).
Além disso, houve reajustes nas contas de luz de Fortaleza (8,27%), Salvador (5,83%) e Recife (5,40%).
Outro destaque no grupo habitação foi o gás de botijão (1,45%), que subiu pelo 12º mês consecutivo, embora menor que no mês de abril (2,49%).
Já a maior variação ficou com o grupo Vestuário (1,42%) e a menor, com os Transportes (-0,23%), único a recuar em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,03% de Comunicação e o 0,89% dos Artigos de Residência.