Por Kleber Tomaz, G1 SP
Um soldado da Polícia Militar (PM) de São Paulo acusa um sargento e outros policiais militares da corporação por difamação e homofobia por colocarem um emoji de berinjela na foto do seu filho.
Nesta quinta-feira (27) a corporação informou que “não compactua com nenhum tipo de discriminação” e que apura a denúncia (leia a íntegra da nota mais abaixo). A vítima também registrou boletim de ocorrência eletrônico para denunciar os crimes.
Segundo Guilherme Ferreira Vicente, do 13º Batalhão da PM, da Companhia Tática Nova Luz, na capital paulista, colegas, inclusive alguns que atuam no mesmo local, postaram em diversos grupos de policiais militares no WhatsApp a foto de seu filho recém-nascido com o rosto coberto por um emoji de berinjela com óculos escuros. De acordo com ele, com a intenção era ofender a comunidade LGBTI+.
Guilherme soube da postagem depois que ela passou a ser compartilhada pelos policiais e virar meme. O G1 não conseguiu localizar o sargento ou os demais PMs para comentarem o assunto até a última atualização desta reportagem.
A foto do filho de Guilherme, que completou 1 mês de vida na quarta, foi extraída indevidamente da sua página pessoal no Instagram, onde ele é influenciador digital e também mostra seu trabalho como atleta de fisioculturismo para mais de 20 mil seguidores.
O soldado também acusou o sargento de postar um vídeo de 6 segundos, em que Guilherme gravou para perguntar a seus fãs se eles gostavam de berinjela, seguido de um print com mensagens que associam o legume a um pênis, numa crítica ofensiva aos gays.
“Estou com uma vontade louca de comer berinjela. É bom berinjela?”, pergunta o soldado na filmagem onde colocou a figura do legume com a palavra ‘sim’ e um rosto de enjoo com ‘não’.
Depois é postada uma figura onde se lê: “Quando esse aí peida, sobe o cheiro de Jontex”, alusão ao nome de um preservativo masculino.