O fazendeiro preso sob suspeita de facilitar a fuga de Lázaro Barbosa, de 32 anos, trancou o portão de sua propriedade para tentar impedir a entrada a polícia e tratou os agentes de forma ríspida. O relato consta no depoimento de um dos três policiais ouvidos na ocasião da prisão. O documento foi obtido pela reportagem da Record TV.
Lázaro é procurado há 19 dias no interior de Goiás por uma força-tarefa de 270 homens das forças de segurança. Na quinta-feira (24), o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, foi detido.
Além dele, também foi preso o caseiro Alain de Santana, de 33 anos, que foi solto na madrugada deste sábado (26). Alain relatou que Lázaro ficou na fazenda por cerca de 5 dias. Ele notou que havia comida a mais, e que Elmi chamava o fugitivo para almoçar. Alain disse que não contou aos policias que o criminoso estava lá por medo, já que foi ameaçado por Lázaro. O fazendeiro sempre deixava as portas destrancadas, como se estivesse à espera de alguém. Segundo o caseiro, Lázaro usa camiseta e calça pretas, além de bota e boné escuro.
Na audiência de custódia ocorrida na sexta-feira, a juíza entendeu que, no caso de Alain, os indicios de autoria de crime eram frágeis principalmente porque a relação dele com o fazendeiro é de patrão e empregado. “Ele meramente trabalhava lá na chacara”, disse o advogado do caseiro, Adenilson dos Santos.
O fazendeiro teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, pois a Justiça considerou que ele representa risco à ordem pública por dar guarida a Lázaro. Elmi negou que acobertasse o fugitivo, disse que não conhece Lázaro e que não tem ideia de onde ele pode estar.
A defesa tenta conseguir a soltura ou a prisao domicilar de Elmi, por conta de suas condições de saude. Os advogados alegam ele que sofre de problemas no esôfago, câncer, toma remédios fortes e não tem condiçao clínica de dar apoio um criminoso.
Por R7