Por Jornal Nacional
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou nesta quarta-feira (9) o sigilo de novos documentos do inquérito sobre atos antidemocráticos.
A investigação indica que verbas do governo federal podem ter abastecido sites bolsonaristas responsáveis por desinformação, propagação de discurso de ódio e mensagens contra a estabilidade democrática.
A Polícia Federal afirma que é preciso aprofundar as investigações sobre o direcionamento de recursos da Secretaria de Comunicação Social do governo federal para financiar essas páginas.
O avanço das investigações, segundo a PF, permitiria avaliar se há conexão de autoridades com a atuação desses sites para atuar contra a democracia.
Os investigadores querem apurar se o governo criou filtros ou bloqueios que evitassem que a propaganda do governo fosse veiculada e monetizasse canais que difundem ideias contrárias ao estado democrático de direito, permitindo com tal prática que ocorresse o repasse de recursos públicos.
A Polícia Federal queria saber se o repasse se deu por culpa ou por dolo, com a ação ou omissão deliberada de permitir a divulgação da publicidade do governo e a consequente monetização ao conteúdo propagado.
A PF chegou a apontar a suspeita de vínculo entre o blogueiro Allan dos Santos, um dos alvos do inquérito, e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Weingarten, com os fatos investigados sobre direcionamento de recursos públicos e a monetização — o pagamento das páginas bolsonaristas para a divulgação de ideias antidemocráticas.