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    Cadela com ‘cheiro de morte’ é salva após ficar com coleira grudada na pele

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    Após ser adotada rodeada de insetos, com feridas expostas, linhas amarrando as patas traseiras e uma coleira grudada na pele devido à falta de tosa, uma cadela passou a ser tratada pela Organização Não Governamental (ONG) Viva Bicho Santos, no litoral paulista. Imagens obtidas pelo G1 mostram o processo de tosa do animal e como ele ficou após a adoção. (Veja nas imagens acima)

    A cadela Margarida, uma mistura das raças Shih-tzu e Poodle, foi adotada no dia 11 de setembro. De acordo com a Presidente da ONG Viva Bicho, Marilucy Pereira, a ONG estava realizando ação no bairro México 70, em São Vicente, no litoral de São Paulo, vacinando animais de moradores da região. Uma senhora chegou ao local relatando ser do bairro vizinho, Vila Margarida, e que estava levando sua cadela para ser vacinada, no entanto, o estado do animal assustou a equipe.

    Segundo Marilucy, a cadela possuía muito pelo com diversos nós e insetos, estava muito suja e com “cheiro de morte”. “Assim que ela chegou, eu vi o estado do animal . Conversei com ela, pedi para que doasse para a gente, pois ela precisava de cuidados. Ela disse que a última tosa tinha acontecido há um ano. Não me esqueço do cheiro, era um cheiro de morte”, conta.

     

    O animal teve que ser sedado, pois não suportava as dores do procedimento, devido aos inúmeros nós e feridas. Durante a tosa, a equipe encontrou uma linha que estava entrelaçada entre as patas traseiras, o que explica a dificuldade para caminhar. Após retirar o objeto, eles verificaram que haviam mais feridas abertas e contaminadas.

    “A princípio, era uma tosa comum, mas, quando começamos a tratar, vimos a gravidade do problema. Ela ficou três horas sedada porque a tosa demorou esse tempo e ela sentia muita dor”, explica.

    Além dos problemas externos, Margarida estava muito abaixo do peso e foi diagnosticada com uma inflamação grave no intestino e no útero, causada por má alimentação, sendo necessária uma cirurgia para tratar a inflamação, que ainda não foi realizada devido à condição da cadela. “Agora ela não pode fazer [a cirurgia], se não ela não resiste. Então estamos cuidando com antibiótico e anti-inflamatório até ela ter condições de operar”, conta.

    Por G1