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    Após 6 anos, mulher descobre que não é mãe biológica da filha no DF; Justiça entende que houve troca de bebês

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    Por Afonso Ferreira e Pedro Alves, TV Globo

    Seis anos após dar à luz a uma menina no Hospital Regional de Planaltina, no Distrito Federal, a dona de casa Geruza Ferreira descobriu que a criança que levou para casa não é sua filha biológica. Um exame de DNA provou que não há relação de sangue entre a mulher e a menina, e a mãe acredita que houve troca de bebês na maternidade.

    “Foi um crime o que fizeram, comigo e com a outra família. A menor que está comigo eu sei que está sendo bem cuidada, tem amor. E a outra? Onde e como está? Como está sendo tratada? Ás vezes, eu nem durmo a noite, pensando”, diz Geruza.

    O governo do DF nega que tenha havido troca de bebês no hospital. No entanto, em agosto desde ano, a Justiça do DF entendeu que a substituição ficou comprovada e determinou o pagamento de indenização de R$ 300 mil por danos morais. O processo corre em segredo de Justiça.

    Questionada pela reportagem, a Procuradoria-Geral do DF, que representa o governo em processos judiciais, disse que já recorreu da decisão. Já a Secretaria de Saúde informou que não foi notificada oficialmente do processo.

    Descoberta

    A menina foi fruto de uma relação que Geruza teve com um homem, entre 2010 e 2013. No fim da gestação, eles terminaram. A menina nasceu em 14 de maio de 2014, no Hospital Regional de Planaltina. E a mulher acredita que a filha foi trocada na unidade de saúde.

    “Por volta das 5h, eu tive a bebê. Eles levaram, deram banho, trouxeram e me deram. Quando eu cheguei em casa, os vizinhos, por eu ser mais clara e o pai dela também ser claro, sempre falavam: ‘Essa menina é muito escura’. Mas na minha família tem todas as cores, aí eu nunca dei importância para isso”, diz.