Jenilson Leite (PCdoB) é deputado estadual, foi eleito nas últimas eleições com 8.253 votos, é médico infectologista e está em seu segundo mandato. Natural do município de Tarauacá, o parlamentar garante que é um dos deputados mais produtivos da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac). Ele fala ainda que o estado precisa ser mais desenvolvido economicamente e socialmente e que essas são duas de suas principais bandeiras.
A proposta do projeto Amazônia Que Eu Quero, que também reunirá entrevistas com 24 deputados estaduais do Acre sobre a atuação deles na Assembleia Legislativa (Aleac), é iniciar um debate sobre o dia a dia da população que vive na região, conscientizando as pessoas em relação ao voto e incentivando a exigirem seus direitos junto aos governantes.
“Estamos cobrando o governo, a partir das nossas indicações de requerimentos, que problemas que não cabem ao legislativo e que sejam do executivo que sejam resolvidos. Temos, inclusive, apresentado um anteprojeto de lei com propostas de programas que a partir deles é possível desenvolver políticas públicas de desenvolvimento”.
Com o foco no desenvolvimento econômico, o parlamentar diz que um de seus projetos que agregaria à economia do estado é o do selo do açaí. O projeto foi aprovado no dia 8 de maio de 2019, mas depois foi vetado pelo governo do estado, que alegou ser inconstitucional.
“Temos o projeto que criou o selo de qualidade do açaí, que é um produto da nossa região, que tem um potencial extraordinário. O selo dá ao açaí a qualidade necessária para a sua comercialização, ele prevê uma política de desenvolvimento da cadeia produtiva do açaí. Estamos apresentando esse projeto e há um dado que mostra que 40% do PIB do Acre, que são as riquezas que produzimos, aqui no estado vem do serviço público. O estado é o responsável pela economia de maneira majoritária do nosso estado.”
Outro ponto que Leite defende é a importância de se colocar um programa estadual de expansão da criação de suínos e aves no estado do Acre em uma cadeia já consolidada.
“Seria uma cadeia com a criação, transporte e venda já garantida. Certamente iríamos inverter esse dado [4% do PIB]. Um estado que tem uma economia de maneira majoritária do serviço público ou dos repasses federais a condição dele cuidar socialmente e economicamente da sua população é muito pequena”, acrescenta.
O parlamentar diz que em sua gestão ele tende a ser ousado para tentar reverter a atual situação do estado para que o Acre consiga se manter e ser mais desenvolvido. “A gente tem que inverter essa lógica, se a gente não fizer isso, vamos continuar na mesma realidade, nessa retórica.”
Jenilson lembra ainda de um projeto que ele julga, como médico, muito importante para salvar vidas e, ao mesmo tempo, beneficiar a população como um todo.