Por G1
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, concorre, no domingo (7), ao seu quarto mandato consecutivo —ele está no poder desde 2007. Na prática, ele concorre sozinho: todos os candidatos com potencial de enfrentá-lo foram presos ou forçados a sair do país. O principal partido de oposição foi formalmente impedido de concorrer.
Ortega permitiu que outros cinco candidatos, todos desconhecidos, concorressem.
Nos últimos meses, o regime da Nicarágua
- Prendeu sete pré-candidatos;
- Prendeu 39 políticos, empresários, agricultores, estudantes e jornalistas;
- Cassou três partidos políticos.
Uma das pessoas presas é a ex-miss nicaraguense Berenice Quezada, que foi pré-candidata a vice-presidência na chapa lançada pelo partido Cidadãos pela Liberdade (CxL). Ela foi rotulada de terrorista, e sua prisão domiciliar foi decretada pelo regime. Ela foi considerada inabilitada para concorrer às eleições.
O atual presidente tem como companheira de chapa a mulher Rosario Murillo, que ele chama de “copresidenta”. Os dois lideram a Frente Sandinista de Libertação Nacional, um partido derivado de uma frente de guerrilha dos anos 1970.
Uma pesquisa da consultoria Cid-Gallup aponta que 65% das pessoas da Nicarágua votariam em um opositor, e 19%, em Ortega.