Por G1|
O padrasto acusado de espancar e matar um bebê de apenas 1 ano de idade em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi condenado a 11 anos de prisão nesta sexta-feira (5). Ronaldo Silvestrini Junior, de 23 anos, teria cometido o crime quando a mãe não estava em casa. O bebê apresentava diversas fraturas, uma mordida no rosto e hematomas espalhados pelo corpo.
Ronaldo foi julgado por homicídio duplamente qualificado, mas foi condenado pelo crime de lesão corporal seguido de morte, e deverá cumprir a pena em regime inicial fechado. A defesa dele alega que a pena “foi alta e injusta”, e que irá recorrer da decisão.
O crime aconteceu em janeiro do ano passado. Anthony Daniel de Andrade Moraes, de 1 ano e 3 meses, foi levado pela mãe e pelo padrasto já morto para a Unidade de Pronto Atendimento Samambaia. No atendimento, a equipe médica constatou diversas fraturas, mordidas no rosto e hematomas espalhados pelo corpo do bebê.
O padrasto e a mãe do bebê, Giulia de Andrade Candido, foram presos em flagrante. Interrogados pela polícia sobre os ferimentos, o casal se contradisse por diversas vezes. No dia do crime, a mulher havia saído da casa e deixado o filho sozinho com o companheiro. Os dois disseram que Anthony teria caído da escada dias antes.
Um laudo necroscópico constatou que Anthony tinha mordidas no rosto e fratura em diversas regiões do corpo, como crânio, mandíbula e tórax.
Giulia foi liberada na audiência de custódia, e Ronaldo permaneceu detido. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, enquanto Giulia respondeu por falso testemunho em liberdade. Após a repercussão do crime, ela foi perseguida pela comunidade, e chegou até a ser sequestrada por uma facção criminosa e resgatada pela Polícia Militar do ‘tribunal do crime’.