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    Perfil violento: caseiro que matou mulher, bebê e idoso em Corumbá esfaqueou familiar

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    Com requintes de crueldade, Wanderson Mota Protácio, 21 anos, tem um passado marcado por violência e tentativa de feminicídio. Natural de Governador Nunes Freire (MA), ele veio para Goiás trabalhar como caseiro, onde cometeu crimes graves. O último deles abalou todo o país. No último domingo (28/11), o caseiro assassinou a facadas a namorada grávida de 4 meses, a enteada, de 2 anos e 9 meses, e um fazendeiro, de 73 anos, com um tiro na cabeça, em Corumbá de Goiás.

    Raniere Aranha, 19 anos, e a filha, Geysa Aranha, foram sepultadas na manhã desta terça-feira (30/11), no Velório São Miguel, sob forte clima de comoção e revolta. Wanderson segue foragido e mais de 70 policiais civis, militares e rodoviários federais concentram as buscas pelo assassino em Abadiânia (GO), município distante 34km de Corumbá.

    Correio teve acesso ao processo criminal em que Wanderson responde por uma tentativa de feminicídio ocorrida em dezembro de 2019. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e a sentença ainda não foi decretada.

    Como consta nos autos, Wanderson chegou em casa, em Goianópolis, sob efeito de drogas e álcool na manhã de 8 de dezembro de 2019. Agressivo e armado com uma faca, o caseiro obrigou a irmã da madrasta a entrar em um dos quartos da residência com ele. Com a negativa, o agressor desferiu vários golpes de faca contra as costas da mulher. A arma branca chegou a quebrar e, depois disso, ele fugiu pulando os muros e se escondeu em uma casa próxima. A vítima foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Municipal de Goianópolis.

    À época, ele foi preso pela Polícia Militar e ficou detido na Unidade Prisional de Goianápolis. No próprio depoimento, Wanderson confessou o crime e tentou justificar a agressão pelo fato de estar embriagado e ter usado cocaína e maconha. Durante o interrogatório, alegou, ainda, que, “devido ao estado, tinha o intuito apenas de matá-la, mas não havia motivo de fazer tal ato e só fez pois havia feito uso de drogas e bebida alcoólica.”

    Apesar da gravidade dos fatos, o caseiro foi solto pela Justiça em março de 2020, mediante medidas cautelares, como o comparecimento ao Juízo mensalmente para informar a profissão e local de residência, a proibição de frequentar bares e locais de diversão, bem como a proibição de manter contato com a vítima ou por qualquer meio de comunicação.

    Por Correio Braziliense