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    PT aposta em federação de partidos a fim de atrair aliados e ampliar palanque de Lula

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    Por Gerson Camarotti

    PT decidiu apostar as fichas numa federação ampla de partidos como estratégia para ampliar o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa eleitoral de 2022.

    Nesta quinta-feira (16), mesmo dia da divulgação de pesquisa Datafolha em que Lula aparece com 48% das intenções de voto, o Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução autorizando a abertura de conversações com PSBPCdoBPSOL e PV para a formação de uma federação.

    As federações partidárias permitem que dois ou mais partidos se unam, funcionando como se fossem uma única legenda. Precisam permanecer unidos de forma estável durante pelo menos os quatro anos do mandato legislativo e seguir as mesmas regras do funcionamento parlamentar e partidário.

    Inicialmente, a proposta em debate no PT era fazer uma federação com PSB e PCdoB, com o objetivo de alcançar uma bancada na Câmara de cerca de cem deputados federais. Mas a resolução do diretório nacional ampliou as conversações para PSOL e PV.

    Ao Blog, um dirigente petista confirmou que também há espaço para o PDT nessa federação, desde que a sigla desista da candidatura presidencial do ex-ministro Ciro Gomes.

    Vários deputados da bancada do PDT estão preocupados com o desempenho do partido para conseguir eleger deputados dentro das novas regras, com o fim das coligações proporcionais.

    PT quer formar uma ampla bancada de esquerda na Câmara dos Deputados e aposta na federação para alcançar esse objetivo.

    A federação também se converte em uma moeda de troca poderosa para legendas como PCdoB e PV, partidos menores que correm o risco de ficar sem bancada na Câmara se não conseguirem cumprir a cláusula de desempenho.

    federação foi aprovada em setembro pelo Congresso Nacional e está em fase de regulamentação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).