Com a apreensão de 230 toneladas de sabão em pó falsificado em Divinópolis e São Gonçalo do Pará, ambos no Centro-Oeste mineiro, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) trabalha agora para identificar os membros da quadrilha. Os delegados divulgaram detalhes sobre o crime nesta terça-feira (15/2) e falam em pelo menos 30 pessoas envolvidas no esquema milionário.
A operação foi desencadeada ontem (14/2) após os policiais receberem informação de que um caminhão seria descarregado em um galpão em Divinópolis. No local, foram encontrados seis veículos, entre caminhões e carretadas, carregados com o produto. Essa é a maior apreensão da história do país.
Para tentar desviar a atenção da polícia, os suspeitos dividiram o esquema em duas cidades. Em Divinópolis, ficava apenas o galpão de estoque. Toda a carga que vinha da Bahia era descarregada nele. Na sequência, eram transportados cerca de dois caminhões por dia para outros dois galpões, ambos em São Gonçalo do Pará, á menos de 30 km de distância, onde o produto falsificado era embalado e distribuído.
Durante a operação, além do sabão, foram apreendidos:
- dois caminhões
- seis carretas
- três empilhadeiras
- três betoneiras
- três esteiras de produção
- 13 balanças digitais
- milhares de lacres e caixas de papelão falsificados com a marca OMO para a embalagem do produto
- dois aparelhos celulares
- diversos livros com anotações contábeis e de colaboradores
Uma pessoa, gerente no galpão em Divinópolis, foi presa. O jovem de 27 anos foi levado para o presídio Floramar e deverá responder por falsificação de produto destinado a saneamento, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Vigilância Sanitária e a Receita Estadual estiveram nos galpões. Foram lavradas autuações por sonegação fiscal. A empresa responsável pela marca tomou conhecimento dos fatos e tem prestado o apoio técnico e logístico necessário.
Por EM