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    A canais de esquerda, Lula volta a falar em controle da mídia

    Por CNN Brasil

    Em entrevista coletiva para youtubers e canais de esquerda nesta terça-feira (26), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Planalto neste ano, voltou a falar em controle da mídia.

    O petista afirmou que o que ele chama de “regulação da mídia” visa “adequar as necessidades da sociedade” e combater o funcionamento da “indústria de fake news“.

    Ao responder a uma pergunta sobre comunicação, Lula disse que a proposta da regulação da mídia esteve em pauta durante os governos dele e da então presidente Dilma Rousseff (PT). Os projetos, porém, não foram adiante.

    “Nós fizemos uma proposta de comunicação, depois eu volto na nossa questão, que não foi uma proposta do [ex-ministro] Franklin Martins ou do Lula. Foi uma proposta de uma reunião que juntou mais de 3.000 pessoas a nível nacional. Juntou donos de canais de televisão – só não participaram a Globo e o SBT. Mas participaram mais de 2.000 rádios populares, participaram outras rádios importantes, participarão televisões. Tinha mais de 3.000 pessoas que aprovaram”, relatou o petista.

    Ele acrescentou que o documento aprovado na ocasião foi transformado em uma “proposta de regulação dos meios de comunicação”.

    “Você não vai regular revista, você não vai regular jornal, você não vai regular papel. O que a gente queria: ter uma preocupação com a questão da internet, que ainda nós não sabemos o que fazer, e ter uma preocupação com o sistema de comunicação eletrônico. A última regulação nossa era de 1962.”

    O ex-presidente citou que o tema não foi levado ao Congresso.

    “Então como a gente faz aquilo? A sociedade diz. E nós queríamos apresentar no Congresso Nacional para debate. Não foi apresentado pelo [ex-ministro das Comunicações] Paulo Bernardo, porque, talvez, a companheira Dilma não quis mandar para o Congresso Nacional. Mas em algum momento alguém vai propor para fazer uma regulação. Se está correto e a sociedade entende que está correto, que é assim mesmo, tudo bem. Que fique assim.”