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    Dólar cai 5,91% na semana, maior desvalorização em 20 meses; Ibovespa atinge 103 mil pontos

    Por CNN Brasil

    dólar fechou em alta de 0,21%, a R$ 5,172, nesta sexta-feira (29), em dia de ajuste. A moeda foi beneficiada pelo Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de junho, uma medida de inflação nos Estados Unidos, que veio levemente acima do esperado, com alta acumulada em 12 meses de 6,8%, ajudando apostas de que o Fed ainda pode ter um ciclo de alta de juros mais agressivo.

    Na semana, o dólar caiu 5,91%, sua maior desvalorização registrada no acumulado de cinco dias desde 6 de novembro de 2020 (-6,07%). No mês, recuou 1,12%.

    Já o Ibovespa terminou com ganhos de 0,55%, aos 103.164,69 pontos. Esse foi o maior patamar desde 10 de junho, quando bateu 105.481 pontos.

    O índice operou no azul ao longo do dia devido à valorização dos papéis da Petrobras, que chegaram a subir mais de 7% após resultados trimestrais positivos, e acompanhando o preço do petróleo. A commodity brent encerrou em alta de 2,68%, a US$ 110,01.

    Por outro lado, o destaque negativo foi a queda de mais de 2,5% das ações da Vale, cujo balanço do trimestre não foi bem recebido pelo mercado. A empresa também recuou após o minério de ferro fechar em queda na China com a indicação de continuidade da política de Covid zero.

    No acumulado de cinco dias, o Ibovespa teve alta de 4,29%, o melhor desempenho semanal desde março de 2021. No mês, valorizou 4,69%.

    O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de setembro de 2022. A operação do BC ajuda a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.

    Na quinta-feira (28), o dólar teve queda de 1,66%, a R$ 5,162, no menor valor desde 21 de junho. Já o Ibovespa subiu 1,14%, aos 102.596,66 pontos, no maior valor desde 15 de junho.