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    Viajar de avião para Jordão,município isolado do Acre, virou privilégio dos ricos

    Por Leandro Matthaus , Estado do Acre

    Não obstante  ao isolamento  pela falta de acesso  por via terrestre, e o rio sem condições  de navegação  no período  do verão  amazônico,  o preço de passagem  aérea para a cidade  de Jordão,  no interior  do Estado  do Acre, impede aos meros mortais de sair do município  ou ir viajar para la. Ou seja, virou privilégio  de rico. 

    O valor da passagem do município  para Rio Branco,  capital do Acre, ou vice-versa,  saltou de  quinhentos  para setecentos e cinquenta reais. Isto é,  mais da metade do salário  mínimo  vigente no país, que é de R$ 1.212,00.

    Para Tarauacá,  cidade vizinha, que é  possível  fazer o percurso  por barco motorizado, mas que leva em média de cinco a sete dias em canoas pequenas,  o valor da passagem  área atingiu quatrocentos  reais.

    Com uma população  de oito mil habitantes,  sendo 40% indígenas  da etnia Kaxinawá  ( Huni Kuin), e quase setenta por cento dos seus moradores  sendo  beneficiários  dos programas  de transferência  de renda do governo federal, ficou inviável para essa parcela da sociedade local. Haja vista que o valor é  de R$ 400 por família.

    A empresa  Ortiz, que opera voos para o município,  alega que devido a alta do combustível,  o valor foi ajustado.