O Acre foi o sétimo estado do país com o maior número de mortes de crianças indígenas em 2021, de acordo com o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgado na semana passada.
Conforme o levantamento, 37 crianças indígenas, de 0 a 5 anos, morreram no ano passado no estado. O estado ficou atrás apenas do Amazonas (178), Roraima (149), Mato Grosso (106), Maranhão (50), Mato Grosso do Sul (44), e Pará (65). Em todo Brasil, morreram 744 crianças nesta faixa etária.
Os dados, de acordo com o Cimi, foram repassados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), e mostra que do total de mortes no estado, a maioria foi do sexo masculino, com 21 e outras 16 do sexo feminino.
O relatório pontua que as mortes são por causas evitáveis, como anemia da prematuridade, desnutrição, entre outros.
Mortes por desassistência
Ainda conforme o levantamento, o estado acreano registrou duas mortes de indígenas por desassistência do poder público.
Ao todo, o Cimi registrou no ano base do estudo 39 mortes por desassistência à saúde em todo o país. Um total de 13 estados do país registram óbitos nesse sentido, sendo que os campeões foram Romaima (8) e Amazonas (5).
Logo depois vêm os estados do Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins empatados com o número total de três mortes. Já o Acre surge, assim como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí com duas mortes cada um. Já Santa Catarina teve apenas um óbito.