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    Líderes mundiais condenam Rússia após ameaça nuclear de Putin

    Por Metrópoles

    Líderes mundiais e representantes de organizações internacionais reagiram ao pronunciamento do presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (21/9). Em discurso à nação, o líder russo convocou cidadãos para o confronto e disse que pode usar armas nucleares, caso a soberania do país seja ameaçada. “Não é blefe”, concluiu.

    Putin decretou a primeira mobilização do país desde a Segunda Guerra Mundial. A intenção do Kremlin é convocar 300 mil cidadãos – que já tiveram alguma experiência militar – para a guerra contra a Ucrânia.

    O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, classificou o anúncio de mobilização parcial do líder russo como um “ato de desespero”.

    “O anúncio de #mobilizaçãoparcial de Putin é um ato de desespero. A Rússia não pode vencer essa guerra criminosa. Desde o início, Putin subestimou completamente a situação – a vontade de resistir na #Ucrânia e a união de seus amigos”.

    A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, condenou as ameaças de retaliação nuclear de Vladimir Putin e exigiu que a Rússia pare com sua guerra “ilegal e imoral” contra a Ucrânia.

    “A Austrália condena as ameaças do presidente Putin de usar “todos os meios” à sua disposição. As alegações de defender a integridade territorial da Rússia são falsas. A Rússia deveria se retirar imediatamente da Ucrânia e cessar sua agressão ilegal e imoral contra a Ucrânia.”

    O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, criticou o presidente Vladimir Putin por usar uma retórica nuclear “perigosa e imprudente”. Segundo ele, o pronunciamento do líder russo indica que a guerra não está indo de acordo com os planos do Kremlin, e que a fala intensificou a tensão, mas não representa uma surpresa.

    Stoltenberg explicou que a Otan vai garantir que não haja mal-entendidos em Moscou sobre a seriedade do uso de armas nucleares.

    Ele também afirmou que, até agora, a Otan não havia observado nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia. Seis meses atrás, apenas três dias após o início da última invasão russa da Ucrânia, Putin ordenou que suas forças nucleares estivessem em alerta máximo.

    “A comunidade internacional deve condenar esta flagrante violação do direito internacional e intensificar o apoio à Ucrânia”, defendeu.