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    Nível do Rio Acre oscila e sai da menor cota histórica em Rio Branco

    Por G1

    Após o registro de chuvas não muito expressivas no interior do estado e em Rio Branco, o nível do Rio Acre sofreu oscilação e saiu da menor cota histórica já registrada desde 1971. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 1,32 metro nesta segunda-feira (12) na capital acreana.

    Apesar da oscilação, a previsão do órgão é que o rio volte a ficar abaixo da cota registrada nesse domingo (11), de 1,29 metro, nos próximos dias. A capital vive a pior seca da história.

    Desde o início de setembro, o manancial tem batido recordes para o dia com relação ao nível das águas. Na sexta (9), por exemplo, o rio registrou a pior cota dos últimos 10 anos para o dia 9 de setembro e no domingo chegou a pior marca desde o início do monitoramento da bacia na capital, há 51 anos. Até então, o menor nível tinha sido de 1,30 registrado em 17 de setembro de 2016.

    “Infelizmente, não temos previsão de que ele vai aumentar mais esse nível, apesar de que ainda na manhã desta segunda houve mais uma oscilação na região de Capixaba e também no Espalha, após uma chuva na região da Transacreana. Mesmo assim, ele deve estabilizar e depois voltar a decrescer, podendo, inclusive, superar a marca de ontem de 1,29. Nós temos o resto desse mês com toda possibilidade de decréscimo e aí depois disso, em outubro, é que começa a ter perspectiva de aumento”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão.

    O coordenador diz que tem se cumprido as previsões de uma estiagem forte este ano, que está trazendo grandes prejuízos, tanto para a agricultura, abastecimento de água, impactos na saúde pública e em outras áreas. Porém, destaca que a Defesa Civil tem colocado em prática algumas ações para minimizar esses impactos e não descarta que seja decretada emergência na capital por conta da seca.

    “A gente não descarta um decreto de situação de emergência para poder agilizar ações de socorro a toda a população que precisa”, pontua.

     

    Com operação que usa carros-pipas para levar água potável, o órgão municipal atende 31 comunidades rurais, com 3,3 mil famílias atendidas por, o que dá cerca de 14 mil pessoas. A distribuição de água ocorre diariamente como forma de amenizar os impactos da seca.