O potencial econômico e o impacto das atividades humanas nos oceanos têm levado o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) a estimular o desenvolvimento de pesquisas com um olhar que vá além da exploração de riquezas marítimas, e considere conscientizar as pessoas sobre a importância desse ambiente para a vida e sobre como as ações humanas interferem na saúde dos oceanos.
O tema foi abordado hoje (11) pelo Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, no programa Repórter Nacional, da Rádio Nacional; e pelo ministro da pasta, Paulo Alvim, ontem (10), no programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“A gente, às vezes, pensa só na pesca quando pensamos no oceano. Há outros impactos [do ponto de vista econômico], além da pesca, que podem significar muito na área de mineração e de energia. Temos uma perspectiva de geração de energia fotovoltaica offshore que vai se desdobrar na produção de hidrogênio”, disse o ministro referindo-se à intenção brasileira de produzir, a partir de fontes renováveis de energia, o chamado hidrogênio verde – combustível que tem despertado muito interesse de outros países.
Alvim acrescentou que, só no Ceará, o potencial energético da geração de energia eólica para a produção de hidrogênio pode ter o “impacto de algumas Itaipus”, em termos de potencial energético a ser gerado.
“O oceano é o novo desafio, inclusive para oportunidades. Pode ser um novo celeiro de oferta de alimentos, minerais e energia”, completou.