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    Operação identifica mais de 160 trabalhadores em situação precária e aplica multas que somam cerca de R$ 300 mil

    Por Danielle Oliveira, g1 Goiás

    Uma operação identificou mais de 160 trabalhadores rurais em situação precária e aplicou multas que somam cerca de R$ 300 mil em empresas de Anicuns, na região central de Goiás, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Além disso, a PRF disse que a ação também interditou uma frente de trabalho de extração de eucaliptos e uma máquina que tritura madeira.

    Como os nomes das empresas não foram divulgados, o g1 não havia obtido contato com as defesas delas para que se posicionem até a última atualização desta reportagem.

    A ação aconteceu entre terça-feira(6) e quinta-feira (8), por meio da PRF, do Ministério do Trabalho e Previdência e do Ministério Público do Trabalho.

    Segundo a PRF, a investigação começou após uma denúncia de trabalho escravo em uma determinada empresa. No entanto, além da empresa denunciada, foram fiscalizadas mais cinco empreendimentos na região.

    O trabalho conjunto identificou, ao todo, 168 trabalhadores rurais em situação precária e lavrou 60 multas que, somadas, giram em torno de R$ 300 mil.

    A polícia informou que, embora a situação dos trabalhadores não tenha configurado como sendo trabalho análogo à condição de escravo, os trabalhadores rurais estavam em condições bastante precárias.

    Como denunciar

    A PRF explicou que o trabalho escravo se caracteriza por situações de trabalho similares à escravidão, com jornada exaustiva, trabalho forçado, condições degradantes e servidão por dívida, e que as propostas deste tipo de trabalho normalmente são feitas mediante fraude, ameaças, violência física ou psicológica.

    A Polícia Rodoviária Federal aconselhou que, antes de aceitar uma proposta de emprego, as pessoas devem se informar sobre a seriedade da empresa, qual a carga horária e o salário oferecido e se o local de trabalho é adequado.

    Denúncias de trabalho em situações análogas à escravidão podem ser feitas pelo “Disque 100”, do governo federal ou pelo site do Ministério Público do Trabalho. As denuncias também podem ser feitas com a PRF, pelo telefone 191.