As denúncias pelo crime de importunação sexual vêm crescendo em todo o país.
Uma mulher caminhava pela rua quando um motociclista se aproximou e apalpou o corpo dela e caiu. “Não tive reação nenhuma, só gritei, no momento eu gritei com ele, falei que era um absurdo e subi para minha casa”.
Uma adolescente de 17 anos também foi vítima enquanto aguardava o ônibus. O homem, que estava de bicicleta, passou a mão no corpo dela e fugiu. “Eu não sabia o que eu fazia, se eu gritava, se eu corria, se eu ia atrás”.
Nos dois casos, as vítimas registraram boletim de ocorrência, e a polícia abriu investigação.
O número de denúncias no país, relacionadas a importunação sexual, aumentou 158% em janeiro deste ano, na comparação com janeiro do ano passado.
Desde que importunação sexual virou crime em 2018, a quantidade de processos também cresceu, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça. A pena pode chegar a 5 anos de prisão.
Mas o número de casos pode ser ainda maior. A polícia acredita que muitas vítimas se sentem constrangidas ou têm receio de procurar a delegacia, e reforça que denunciar o crime pode encorajar outras mulheres a tomar a mesma atitude.
Um motociclista tocou no corpo de uma mulher durante uma atividade física. A vítima denunciou e o homem foi identificado. Depois, outras cinco mulheres procuraram a polícia relatando ações semelhantes.
“A gente tem voz, que fique claro. As mulheres precisam falar, precisam ir atrás dos direitos, a gente não pode deixar impune”, afirma uma das vítimas.
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