Os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira, que compõem a defesa do governador Gladson Cameli na Operação Ptolomeu, anunciaram na tarde desta quarta-feira, 19, que vão recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negando o recurso do gestor acreano que pedia a anulação da investigação e a transferência da competência do caso para a Justiça Eleitoral.
O colegiado do STJ foi unânime em acompanhar o entendimento da ministra Nancy Andrighi, relatora do processo, que sequer considerou necessária a sustentação oral por parte dos advogados de Cameli, procedendo a votação de maneira rápida, com leitura apenas da ementa do caso.
Os advogados do governador argumentam a nulidade de um procedimento da Polícia Federal logo no início das investigações, quando foi feita a requisição de Relatórios de Inteligência Financeira sobre o filho do de Gladson, Guilherme, de apenas seis anos.
“A defesa vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal do Acre fez investigação indevida sobre uma criança de seis anos de idade e, como se não bastasse, burlou a competência da Justiça Eleitoral, foro para apreciar casos relacionados a campanhas eleitorais. Os excessos e ilegalidades dessa operação, verdadeira reedição tardia da lava-jato no Acre, precisam ser corrigidos”, afirmam os defensores.