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    FEM, liderada por Minoru , nega apoio à competição de bandas e fanfarras, mas gasta R$ 13,4 mil com eventos evangélicos

    Por Leônidas Badaró, Ac24horas.com

    Documentos que autorizam pagamento de despesas com eventos de igrejas evangélicas como pagamento de apresentação artística, aluguel de tenda e sonorização pela Fundação Elias Mansour (FEM) estão gerando polêmica entre os fazedores de cultura.

    Os documentos assinados pelo presidente da FEM, Minoru Kinpara, comprovam que o estado gastou, entre agosto e setembro deste ano, mais de R$ 13,4 mil com quatro eventos de igrejas evangélicas.

    No primeiro, foram gastos R$ 6.940 reais destinados ao pagamento de apresentações artísticas para o Congresso da Mocidade da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, realizado em Brasileia nos dias 26 e 27 de agosto.

    O segundo gasto é de R$ 940 referentes ao pagamento do aluguel de uma tenda para a realização da conferência e divergência da Igreja Presbiteriana do Bairro do Aviário, em Rio Branco, ocorrida nos dia 8 e 9 de setembro.

    Já o terceiro evento custeado com a ajuda de recursos públicos é o pagamento de apresentação artística para o mesmo evento da Igreja Presbiteriana do Bairro do Aviário no valor de R$ 3.470.

    O último documento divulgado revela que a FEM pagou R$ 2,1 mil para a sonorização de um encontro religioso ocorrido no Bairro Belo Jardim II no último dia 12 de agosto.

    Os gastos foram criticados por representantes do setor cultural, que alegam que organizadores de diversas atividades artísticas e culturais têm procurado a FEM em busca de ajuda financeira e não tem conseguido pela alegação da falta de recursos. Um exemplo foi a negativa, recentemente, do apoio ao campeonato de bandas e fanfarras que acontece neste próximo mês de outubro.

    ac24horas procurou Minoru Kinpara que se pronunciou por meio de uma nota. “Recebemos solicitações de ajuda de várias instituições, como Ministério Público, Tribunal de Justiça, Ministério Público, associações, universidades, igrejas etc. Naquilo que envolve música, teatro, coreografia e outras manifestações culturais, trabalhamos procurando atender por meio de parcerias. No entanto, com os cortes de recursos financeiros ocorridos em todas as secretarias e autarquias do Estado nos últimos meses, ficamos impedidos de atender algumas demandas que consideramos, também, importantes”, disse.