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    Edvaldo Magalhães defende que compras governamentais priorizem produtos e serviços oferecidos pelo cooperativismo no Acre

    Por José Pinheiro

    Em pronunciamento nesta quinta-feira (5), durante a sessão solene em alusão aos 50 anos da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre (OCB/AC), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu que as compras governamentais tenham também no radar os produtos e serviços oferecidos pelo cooperativismo. Ao falar diretamente à governadora em exercício, Mailza Gomes (PP), o parlamentar disse que o Estado pode ser um “indutor”.

    “Esta Casa, com esta Frente Parlamentar, temos muito a ajudar as diversas áreas do cooperativismo. Governadora Mailza, o Estado tem muito a contribuir como indutor. Compras governamentais mudam completamente a realidade de diversas cooperativas do nosso Estado. Se a gente aposta nisso, a gente entrega para o coletivo aquilo que fica aprisionado em uma ou duas empresas, as famosas licitações legais, mas que concentram a renda, e o cooperativismo distribui a renda”, aconselhou Edvaldo Magalhães.

    Atualmente o Acre conta com 60 cooperativas, gerando 5 mil empregos diretos, 15 mil indiretos, atingindo mais de 40 mil pessoas. Os dados foram apresentados durante a solenidade em um vídeo institucional.

    A realização da sessão partiu de um requerimento de autoria do deputado estadual Pedro Longo (PDT). Na oportunidade, foi instalada a Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, que conta com 19 parlamentares estaduais. Longo afirmou que a Frente vai trabalhar para aperfeiçoar a legislação sobre o cooperativismo.

    “É a maior Frente Parlamentar desta Casa. São 19 parlamentares que estão unindo esforços em prol de buscar se criar o marco regulatório, buscar amparar aqui nessa Casa Legislativa as demandas do cooperativismo”, disse Pedro Longo.

    A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, representando o governo federal, realçou a importância do cooperativismo no Brasil. Ela apresentou dados do IBGE que apontam que 70% dos alimentos produzidos vem da agricultura familiar.

    “O IBGE diz isso, que 70% dos nossos alimentos vêm da agricultura familiar. Quando você olha para estes números são fantásticos. 53% da produção agropecuária passa pela mão de um cooperado. Isso são números extraordinários quando os pequenos se juntam a uma cooperativa, os pequenos ficam grandes ou até maiores”, defende Perpétua Almeida.

    O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, destacou a importância dos parlamentos no apoio às cooperativas. Ele ressaltou o trabalho desenvolvido pelo Senado Federal na manutenção do equilíbrio democrático.

    “O Senado Federal é um peso fundamental da política brasileira. O Senado é um divisor de águas. O Senado traz equilíbrio para os poderes. O Petecão tem feito isso, nunca me negou ajuda”, enalteceu Márcio Lopes.

    Já o senador Sérgio Petecão (PDT/AC) defendeu que é preciso fortalecer novas rotas de exportação dos nossos produtos. Ele citou como exemplo disso, a rota pela interoceânica com acesso ao porto de Chancay, que está sendo construído no Peru. “É o porto mais moderno da américa latina. Eu estive lá. Uma obra extraordinária e isso é que anima esses produtores. Vendo muita gente falando em café, mas se não tivermos quem compre, para que vai servir isso?”, disse.

    Além de Petecão, participaram da sessão o deputado federal Eduardo Veloso (UB/AC), os prefeitos de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (PP), e de Assis Brasil Jerry Correia (PP). A vice-governadora Mailza Gomes (PP) e a vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão (PSD) também se fizeram presentes.