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    Servidores envolvidos em máfia dos consignados teriam que devolver 35% do valor contratado, denuncia Edvaldo Magalhães

    Por José Pinheiro

    O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) trouxe hoje (18) um fato novo à denúncia apresentada por ele ontem (17), de que há uma fraude feita dentro da plataforma Fênix Soft, com a participação de agentes públicos, de alteração na matrícula de servidores temporários tornando-os efetivos para obtenção de empréstimos consignados. 

    O parlamentar disse que recebeu uma denúncia, de um servidor público, de que foi assediado pelos operadores da ‘máfia’ para também obter o empréstimo, sob a condição de devolver 35% do valor contratado. Amparado pelo sigilo da fonte, o deputado leu a mensagem que recebeu do servidor. 

    “Me ofereceram este empréstimo. Os caras cobram 35% do valor à vista. É uma quadrilha com gente inclusive dos bancos também. Eu pegaria R$ 170 mil e passaria R$ 59 mil para eles”, dizia trecho da mensagem lida por Edvaldo Magalhães. 

    Na sessão desta quarta-feira, o parlamentar apresentou um requerimento solicitando uma audiência pública no âmbito da Comissão de Serviço Público. O encontro reunirá representantes da Fênix Soft, além dos secretários de Estado, Paulo Correia, da Administração, e de Planejamento, Ricardo Brandão.

    “Apresentei um requerimento para uma primeira discussão com a empresa Fênix Soft e as secretarias afins, Planejamento e Administração com os operadores cadastrados, que são os correspondentes cadastrados. A partir dessa discussão, nós teremos a oportunidade de dar os próximos passos. Existe uma máfia, um grupo praticando o crime. O desdobramento das práticas deste crime, nós teremos a dimensão nos próximos dias. Há concretamente a prática do crime. Crimes contra o sistema financeiros tem o olhar de instituições federais”, lembrou.