Em uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Acre, Campus Floresta, coordenada pelo Prof. Dr. Marcelo Siqueira e executada pelos enfermeiros José André Pinho e Elissandra Costa, foram investigadas quais são as evidências científicas sobre a relação entre a infecção pelo vírus SARS-COV-2, causador da COVID-19, e a infecção pelo vírus da hepatite B.
O estudo assume um papel de relevância local, pois a região do Vale do Juruá, assim como toda Amazônia ocidental, apresenta elevados riscos de infecção pelo vírus da hepatite B, com grande número de pacientes diagnosticados e em tratamento para a condição crônica, estando estes vulneráveis as consequências da Pandemia de COVID-19.
A pesquisa revelou que produção científica sobre hepatite B associada a infecção por SARS-CoV-2 corresponde majoritariamente a pesquisas com baixo nível de evidência. Sugerindo a “necessidade de novas investigações para fins de incrementos tecnológicos, identificação de fatores de risco, intervenção terapêutica e investigação clínica avançada, de forma a fomentar práticas assistenciais em saúde baseadas em evidências.”
De acordo com a enfermeira e professora Elissandra Costa, “A COVID-19 é uma doença que também causa alterações no sistema imunológico, sendo importante investigar a relação entre ela e a hepatite B, como forma identificar as possíveis alterações de gravidade.”
Para o enfermeiro André Pinho “as evidências científicas ajudam a melhorar a assistência dos pacientes.”
Já o Prof. Siqueira destacou que “esse tipo de pesquisa revela os rumos e tendências da produção científica, auxiliando na definição de temas prioritários.”
A pesquisa foi aceita para publicação na Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção e já está disponível em versão preliminar
(https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/18618).
Texto: Marcelo Siqueira