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    Edvaldo diz que fatos relacionados à Medtrauma tem conexão com a Operação Ptolomeu: “a tecnologia da carona vindo e da carona voltando para a prática da corrupção”

    Por José Pinheiro

    O principal assunto debatido pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) foi com relação à Medtrauma, empresa responsável pela ala de traumatologia e ortopedia do Pronto-Socorro de Rio Branco, apontada pela Controladoria Geral da União (CGU) de superfaturar procedimentos. Os dados apontam para um superfaturamento de mais de R$ 9 milhões. Os fatos vieram à tona no domingo (18), no Fantástico, da Rede Globo.

    Edvaldo Magalhães disse que os fatos relacionados à Medtrauma estão ligados diretamente ao mesmo modus operandi escancarado na Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em 2021. 

    “Não dar para tratar esse tema da Medtrauma desvinculado de outro. Isso tem muito a ver com a Ptolomeu. Isso tem muito a ver com a tecnologia desenvolvida pelo governo do Estado: a tecnologia da carona vindo e da carona voltando para prática da corrupção. Isso comprovado, não é ilação. O primeiro contrato público feito pelo governador Gladson Cameli foi com a Murano. E o que era a Murano? Um registro de preço do entorno de Brasília, adotado pelo Acre, desvirtuado na aplicação e execução, superfaturado com desvios comprovados que hoje está para ser votado no STJ a primeira denúncia de afastamento do governador, em função do caso Murano”, disse.

    E acrescentou: “Depois disso, a prática vindo das caronas, eles aperfeiçoaram esta prática, desenvolveram. Nós podemos de chamar de tecnologia 5.4. Eles estabeleceram um primeiro relacionamento no caso da Medtrauma. Você faz ali um emergencial, você conversa, você estabelece um relacionamento e depois você abre um processo de registro de preços”.

     O parlamentar disse ainda que a justificativa dada pelo advogado da empresa não se sustenta, de que a logística para o Acre é mais cara que para outros centros. “O advogado não sabe nem onde é o endereço do Acre. Disse que só chega de barco ou então de avião. Acabaram com a BR-364. 

    Esse assunto precisa ser debatido nesta Casa. É preciso trazer os órgãos de controle que concluíram o relatório. Temos que trazê-los aqui e abrir o livro. A indústria que mais cresce no Acre é a indústria da carona”.