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    Alagamento em Dubai pode ter sido influenciado pela chuva artificial

    Por Metrópoles

    Em menos de 48 horas, o volume da precipitação foi maior do que o esperado para um ano inteiro. Chuva pode ter a ver com intervenção humana

    Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi atingida pela maior chuva desde 1949, quando a coleta de dados desse tipo passou a ser feita na região. As chuvas começaram na noite de segunda-feira (15/4) e, em menos de 48 horas, o volume da precipitação foi maior do que o esperado para um ano inteiro, de acordo com a agência de notícias estatal WAM.

    De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), uma das possíveis causas para uma tempestade nessas proporções, no meio do deserto, pode estar relacionada ao mau uso da semeadura de nuvens, que consiste em uma intervenção humana em que produtos químicos são bombardeados em nuvens para aumentar a chance de precipitação.

    O Aeroporto Internacional de Dubai teve todos os voos, das 8h até meia-noite desta quarta-feira (17/4), cancelados. Por meio de comunicado, a Dubai Airports, que administra os aeroportos da cidade, afirmou que a medida foi tomada “devido a desafios operacionais resultantes de condições meteorológicas e rodoviárias adversas”. O aeroporto é considerado o mais movimentado do mundo.

    Ainda segundo a AP, por meio da análise de relatórios, o Centro Nacional de Meteorologia em Dubai teria realizado, pelo menos, seis voos de semeadura de nuvens antes da tempestade, sendo o último deles na segunda-feira (15/4), antes de as chuvas começarem. Ao ser questionado, o órgão não teria respondido às perguntas da agência.

    Apesar disso, um jornal estatal de língua inglesa em Abu Dhabi citou um funcionário anônimo do Centro Nacional de Meteorologia, que afirmou que não ocorreu nenhuma semeadura de nuvens na terça-feira (16/4) e não reconheceu qualquer voo anterior.

    A medida é adotada na região devido à escassez de água potável, adquirida, em grande parte, por usinas de dessalinização, que retiram o sal da água do mar.

    Fonte: Metrópoles, clique aqui para ver a matéria.