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    Na Justiça, Filho de Gal Costa acusa Wilma Petrillo de “envenenamento”

    Por Fábia Oliveira

    A briga entre o filho de Gal Costa, Gabriel Costa, e Wilma Petrillo ganhou mais um capítulo. No processo sobre a divisão da herança da cantora, que corre na Justiça, o rapaz afirma que foi dopado pela madrasta e obrigado a assinar alguns documentos dando maiores poderes para a empresária, na administração dos bens da família.

    “Desde o falecimento da de cujus, o requerente foi submetido por Wilma Teodoro Petrillo a ingerir medicamentos de receita controlada que lhes eram por esta fornecidos, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve sua capacidade cognitiva severamente reduzida, além de ter interrompido as atividades escolares”, disse a defesa de Gabriel.


    Na ação divulgada pelo colunista Gabriel Perline, do IG Gente, protocolado em 31 de janeiro, o menino garantiu que era obrigado por Wilma a tomar remédios de tarja preta, que o deixaram abalado psicologicamente, sem noção da realidade e com o poder de cognição comprometido. E foi, justamente, nessa fase que teria rubricado papéis e redigido cartas em favor de Petrillo.

    Na época da morte de Gal, o primogênito tinha 16 anos. Ao completar 18 anos, ele desmentiu que Wilma teria um relacionamento amoroso com a artista, ao contrário do que havia escrito quando era menor de idade, de próprio cunho, revelando que as duas viviam um romance, culminando na liberação da união estável dela com a mãe.

    Ele ainda citou que via Petrillo como mãe, sendo o documento fundamental para que a produtora passasse a gerenciar o espólio dos bens de Gal, além de se tornar tutora legal de Gabriel. Segundo o menino, Wilma deu o papel com o texto pronto, fazendo com que ele copiasse, para que fosse anexado no processo.

    “Foi neste cenário, de profundo abalo físico e emocional, que o requerente que, ressalta-se, à época, habitava a mesma residência que Wilma, foi constrangido por esta a redigir o documento acima transcrito a respeito da suposta união estável, tendo sido o texto manufaturado pelo patrono de Wilma e copiado à mão pelo requerente, que não concorda com seu conteúdo”, contestou a assessoria jurídica de Gabriel.

    E prosseguiram: “Por esta razão, o herdeiro vem, por meio desta petição, informar ao juízo que, desde sua tenra idade, depois de adotado pela de cujus, não presenciou, durante toda a sua convivência com sua mãe, qualquer indicativo de que a de cujus e Wilma se relacionavam como se casadas fossem”.

    De acordo com os advogados, “deste modo, não reconhece que sua mãe e a ora inventariante mantiveram qualquer relacionamento que se equipare a união estável, durante seu tempo de vida e convivência com ambas, apesar de não descartar a possibilidade de que um relacionamento amoroso tenha ocorrido antes de sua adoção pela de cujus”.

    A defesa de Gabriel ainda ressaltou que ele buscou ajuda médica para voltar à sanidade quando completou maior idade. “Como efeito, o requerente passou a ter melhor entendimento dos fatos que se desenrolaram desde a morte de sua mãe, “tomou as rédeas” de sua própria vida, retornou à vida escolar, já tendo se matriculado, com ajuda de amigos, em nova escola para cursar o ano letivo de 2024, a fim de completar o 3º [terceiro] ano do ensino médio, e já se alistou no serviço militar, emancipando-se, definitivamente, do domínio emocional exercido por Wilma”, continuaram.

    Por isso, Gabriel pede que essas provas sejam desconsideradas pela Justiça, comprovando todos os atendimentos médicos, além da revogação da declaração que reconheceu o vínculo de união estável entre Gal e Wilma. Ele pede para ser ouvido novamente, em novas circunstâncias, já que também apresentou conversas de um aplicativo de mensagens com a madrasta, onde ela usava xingamentos e tom ameaçador.