A Polícia Civil do Amazonas está investigando se a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, foi causada por overdose de cetamina, droga usada durante os rituais do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, organizado pela família Cardoso. A mãe, o irmão e duas funcionárias da família, suspeitos de liderarem esse grupo, foram presos na quinta-feira (30).
Djidja foi encontrada morta por volta das 6h de terça (28). Logo após a confirmação da morte da empresária, uma familiar da vítima chegou a dizer em uma rede social que a casa em que a família morava, onde o corpo foi encontrado, teria se tornado uma “cracolândia”, e que já teriam tentado internar Djidja, mas eram impedidos pela mãe dela.
De acordo com as investigações, o corpo da ex-sinhazinha teria sido encontrado pelos policiais com sinais de overdose e sinais da utilização da substância injetável. Ainda no dia da morte de Djidja, na casa dela, a polícia encontrou frascos de cetamina enterrados no quintal, além de caixas da droga, seringas, frascos, bula e cartelas de remédios na lixeira da propriedade.
Agora, segundo a polícia, as investigações tem como objetivo identificar as suspeitas de que a empresária teria morrido em decorrência de uma overdose causada pelo uso uso excessivo da droga cetamina e se isso teria acontecido durante um dos rituais.
A Polícia Civil do Amazonas aguarda o resultado do exame de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve sair em até 30 dias.
A morte da empresária está sendo investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Prisões
Após a morte de Djidja, na quarta-feira (29), a Justiça do Amazonas expediu cinco mandados de prisão preventiva, que resultou na prisão de quatros membros do grupo religioso suspeito de fornecer e distribuir cetamina. No primeiro momento, na tarde de quinta (30), foram presos:
- Cleusimar Cardoso, de 53 anos, mãe da ex-sinhazinha;
- Ademar Cardoso, de 29 anos, irmão de Djidja;
- Verônica da Costa, de 30 anos, gerente da rede de salões de beleza “Belle Femme,” que pertence à família.
Os três foram presos no momento em que deixavam a casa onde a Djidja foi encontrada morta. No local, a polícia apreendeu materiais como seringas, anestésicos, medicamentos de uso controlado, frascos de cetamina, além de computadores e uma mala que devem ser periciados.