Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) completa, neste sábado (18), um ano sem ter filiação partidária.
Em 18 de maio de 2023, Randolfe anunciou sua saída da Rede após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitar o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na margem equatorial do país.
À época, a medida foi apoiada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é fundadora do partido. Segundo o senador, a decisão do Ibama não ouviu o governo ou os cidadãos do Amapá, estado que representa.
A CNN apurou que, um ano após ficar sem partido, o parlamentar está próximo de um retorno ao PT após quase duas décadas de sua saída da sigla.
Início no PT
Nascido em Garanhuns (PE) — cidade natal também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –, Randolfe viveu na localidade até os 8 anos, quando se mudou com a família para o Amapá.
Trocas
Três anos depois, em 2005, com a criação do PSOL, Randolfe foi um dos políticos que deixaram o PT e migraram para a nova legenda. Cinco anos depois, com 37 anos, foi o senador a ser eleito no pleito de 2010, ao receber 200 mil votos.
Após 10 anos no PSOL, anunciou sua desfiliação em setembro de 2015.
Na ocasião, o senador afirmou que tinha orgulho de ter feito parte do partido, mas que desde sua desistência de disputar a candidatura à Presidência da República em 2014, as relações internas “estavam muito deterioradas”.
No mesmo dia aconteceu sua filiação à Rede, junto com outra fundadora do PSOL, a ex-senadora Heloísa Helena, candidata ao Palácio do Planalto em 2006.
Negociações com o PT
Durante um evento com o presidente da República no Amapá em dezembro de 2023, Randolfe anunciou que iria se filiar ao “partido de Lula”.
“Eu lhe respondo em primeira mão, para o senhor e para todos que estão ouvindo, o meu partido é o partido de Lula. Eu estarei no partido de Lula, aonde o partido de Lula estiver”, afirmou o líder do governo.