“Não, não, não, eu não vou falar sobre isso! Já faz muito tempo. Está nas mãos de advogados. Tchau!”, disse a professora aposentada Sonia Regina Guimarães, de 68 anos, antes de desligar o telefone quando questionada pelo Metrópoles sobre uma denúncia que fez há mais de 20 anos à Polícia Civil de São Paulo.
No início dos anos 2000, ela procurou a delegacia de Botucatu, no interior do estado, para relatar que havia sido notificada a dar esclarecimentos à Receita Federal sobre uma dívida tributária milionária da Mercante de Papeis. Tratava-se, à época, de uma empresa parte do império da família Feffer, dona da Suzano, maior fabricante de celulose do mundo. Sem nunca ter ouvido falar da empresa, Sonia constava em seu quadro de sócios.
O relato dela aos policiais é parte de uma grande trama de brigas, fraudes, dívidas, falência e uso de laranjas que alimentaram duas décadas de investigações criminais e levaram ao desmoronamento do principal braço de distribuição de papel da Suzano. No centro dessa história está Lisabeth Sander (foto em destaque), de 74 anos, uma das herdeiras da família Feffer.
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