A dengue causou um prejuízo estimado neste ano de US$ 5 bilhões no Brasil, o equivalente a R$ 28 bilhões. Nesta conta, entram gastos públicos e privados de saúde, como consultas e internações, mas também reflexos econômicos. Neste caso, são consideradas questões como faltas ao trabalho por causa da doença e perda de produtividade.
O dado consta em um artigo de pesquisadores brasileiros publicado na sexta-feira (19/7) na revista Science, uma das mais respeitadas do mundo entre cientistas. O objetivo dos autores foi chamar a atenção para a necessidade de se adotar medidas de prevenção à doença.
Neste ano, conforme o Ministério da Saúde (MS), houve 6,37 milhões de casos prováveis de dengue. O número é o maior da história. No ano passado, que era o último recorde, houve 1,65 milhão de notificações do tipo. O número de pessoas que morreram por causa da doença em 2024 é de 4.714 e ainda há 2.351 óbitos em investigação para verificar a possível relação com a doença.
Para chegar ao valor estimado dos prejuízos, os pesquisadores levantaram casos de dengue e dados de internação no Ministério da Saúde. Eles cruzaram as informações com dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Professor de fisiologia e epidemiologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Claudio Lira é um dos pesquisadores que assinam o artigo. Ele cita o exemplo de um empregado que adoece e tem de faltar ao trabalho para explicar o prejuízo econômico causado pela dengue.