A ex-pacata cidade de Jordão, no interior do Estado do Acre, com pouco mais de 5 mil habitantes, tem visto a criminalidade aumentar devido o consumo de drogas ilícitas, grande parte por jovens. Alguns para comprar o pó( oxidado de cocaína) ou a maconha, realizam furtos. O que tem gerado uma situação incômoda à população local.
Na cidade onde praticamente todos se conhecem, e sabe nomes e endereços, o que mais impressiona boa parte da sociedade é que os criminosos, leia-se, traficantes não são presos. Se tem consumo, tem vendedor e receptor dos furtos.
O consumo pode ser visto às margens do Rio Tarauacá, que banha a cidade. Seja à luz do dia, seja durante à noite. Inclusive, na redondeza próxima ao antigo cemitério, parte do povo já chama de mini cracolandia.
Mesmo isolada por via terrestre, e no período de verão, praticamente os barcos não conseguem navegar, além disso, as passagens áreas entre Jordão e Tarauacá, custa em média 800 reais, ida e volta, mesmo assim, o tráfico já virou realidade faz uns anos. Cabe mencionar ainda, que o município não é rota do tráfico dos países andinos.
Essa situação que assuta ao povo de Jordão vem sendo assistido de forma pacífica pelas autoridades. Seja elas integrantes do Artigo 144 da CF, seja pelas autoridades eleitas por sufrágio.
O que parecia algo quase impensável, virou realidade. A facção que comanda o Acre, também já dita regras na cidade, onde alguns delitos, já são resolvidos por ordem do Conselho do Crime sediado na cidade de Tarauacá. Como conta uma mãe, que tem um filho usuário e, por vezes, sofre essas ameaças dos integrantes faccionados.
Por certo, onde existe ausência do Estado, o poder paralelo assume. E Jordão caminha nesse sentido.