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    Babá morta seria usada como ‘mula’ e explorada sexualmente na Europa, diz PC

    Por Natasha Pinto, Acritica.com

    “Quem acobertou (as agressões) foi a mãe dela. Eu cheguei (aqui) para falar isso, de que ele (ex-namorado) batia nela desde jovem. Ele ameaçava ela e ela era a minha amiga”, disse Camila Barroso da Silva, de 33 anos, que foi presa suspeita de envolvimento no homicídio da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos.

    Ela foi presa na noite dessa quarta-feira (28), por suspeita no envolvimento no assassinato de babá.

    Ela ainda negou que a casa em que ela morava com a vítima e a filha, que era alugada, era um ponto de prostituição e nem que teria um relacionamento com a jovem. Entretanto, uma das possíveis linhas de investigação segundo a delegada é de que, Geovana, possivelmente, seria utilizada como ‘mula’ e explorada sexualmente na Europa.

    “Camila tinha uma passagem comprada para a França, onde seus pais moram e recentemente, a Geovana (vitima) tinha emitido um passaporte. A Camila já foi presa por tráfico, quando tentava embarcar em um avião com drogas, então, provavelmente a Geovana serviria de mula e depois teria que se prostituir fora do país também”, disse a delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

    Ainda conforme a delegada, neste primeiro momento, está descartada a participação do ex-namorado da Geovana,  acusado por Camila. Ele em depoimento, inclusive, mostrou para os investigadores, mensagens que comprovam um possível crime de cárcere privado, praticado pela Camila, ao não deixar a jovem se envolver com ninguém.

    “A Camila não deixava ela se relacionar nem com ele, nem com ninguém de fora, porque queria manter ela ali naquele cárcere. A Geovana foi para lá para trabalhar como babá, depois foi aliciada pela Camila, com uma vida de baladas e bebidas, só que, quando a vítima dizia que não queria mais, ela (Camila), dizia que Geovana estava devendo ela e que teria que pagar, permanecendo da casa”, explicou a adjunta da DEHS.

    Como a equipe da Homicídios ainda está no início das investigações, a motivação exata do crime ainda é um mistério. “O que a Geovana teria feito que teria desagradado? Será que ela não queria mais viajar como mula e estava com medo? Essas são perguntas que serão respondidas ao longo da investigação”, completou a delegada adjunta da DEHS.

    Não menos importante, a delegada Camepllo pede ajuda da população para encontrar Eduardo Gomes da Silva, que estava com o carro utilizado no dia do crime, para desovar o corpo da Geovana no bairro Tarumã. Eduardo e Camila teriam se conhecido no momento que a presa alugou o local, que era conhecido como uma ‘casa de massagem’.

    “A vítima era obrigada a fazer programas sexuais na casa, que era conhecida como casa de massagem. O Eduardo é filho da proprietária e estava com ela nessa empreitada criminosa, ele inclusive, já responde por um processo aqui na Homicídios, então ambos já eram envolvidos com o mundo do crime”, acrescentou a delegada.

     Dizia ser ex do Mano Kaio

     A delegada explicou ainda que Geovana, era uma, de várias meninas aliciadas por Camila para restar serviços sexuais. Para que elas fizessem os serviços, elas eram ameaçadas por Camila, dizendo que ia mandar a ‘a galera do tráfico’ pegar elas.

    “Ela ameaçava qualquer pessoa. Ela se diz ex-mulher do perigosíssimo narcotraficante Mano Kaio e ela já fez vídeos postando arma de fogo, qualquer coisa ela dizia que ia chamar o pessoal do trágico, ia mandar quebrar a perna” finalizou a delegada.