O cenário político de Cruzeiro do Sul acaba de ganhar novos contornos após um áudio explosivo do ex-prefeito Vagner Sales, conhecido como o Coronel de Barranco, ser vazado em grupos de WhatsApp. No áudio, Vagner não poupou palavras ao se referir aos petistas, chamando-os abertamente de “cambada de pilantra”.
O contexto desse ataque não poderia ser mais irônico. Dias atrás, o Partido dos Trabalhadores, em um movimento que pegou muitos de surpresa, decidiu romper com o candidato progressista Zequinha Lima para declarar apoio à candidatura de Jéssica Sales, filha de Vagner, do MDB. A tentativa de unir antigos adversários, numa aliança desesperada para retornar ao poder, parece não ter surtido o efeito esperado dentro das próprias fileiras.
Vagner Sales demonstrou que, apesar da aliança pragmática, seus sentimentos em relação aos petistas não mudaram. Pelo contrário, ele reforçou seu desprezo, evidenciando uma rejeição que vai além da política e toca diretamente na honra daqueles que, agora, são seus “aliados” de conveniência.
No áudio vazado, Vagner Sales ainda desferiu um ataque contundente contra um antigo apoiador de Bolsonaro, que decidiu mudar de lado e apoiar Zequinha Lima. A indignação de Vagner é evidente quando ele questiona: “Aonde é que você já me viu com PT, aonde é que você já me viu com esquerda? Esquerda é essa cambada de pilantra.” A frase não apenas ecoa seu descontentamento, mas também deixa claro que, para ele, o PT e seus membros são sinônimos de traição e falta de caráter.
Agora, a grande pergunta é: como os radicais petistas, que já demonstraram insatisfação ao romper com Zequinha Lima, irão reagir a esse ataque direto? Recentemente, o rompimento ocorreu devido à ausência do registro da Federação na ata do candidato dos Progressistas, um detalhe que evidenciou a fragilidade dessa união forçada. E agora, será que esses mesmos petistas, que se dizem defensores da esquerda, vão aceitar os gritos e insultos do Coronel de Barranco?
Vagner Sales não só humilhou seus supostos aliados como também deixou claro que, para ele, os petistas não são dignos de confiança. Ele os trata como meros peões no jogo político, descartáveis e sem valor. Se a esquerda de Cruzeiro do Sul já estava com dificuldades para encontrar seu espaço, agora, com esse novo golpe, parece que o destino dos “companheiros” é o isolamento total. Afinal, quem quer ao lado uma “cambada de pilantra”?