Entes públicos e privados, organizações da sociedade civil, instituições e entidades e cidadãos impactados pelas mudanças climáticas estão sendo convidados a participar das discussões e contribuir na criação de soluções!
A pioneira iniciativa no município será realizada na sede do Legislativo Municipal nos dias 05 e 06 de dezembro, atendendo convocatória da portaria de Nº. 1.079 do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática que convoca a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente.
Alinhada às discussões nacionais e internacionais sobre a emergência climática do planeta, a Prefeitura de Marechal Thaumaturgo através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (Sematur) realizará a sua 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente com o objetivo de mobilizar todos os entes públicos, privados e cidadãos envolvidos direta ou indiretamente nas atividades que possuem impacto ambiental.
Com o tema nacional “Emergência Climática e os Desafios da Transformação Ecológica”, a conferência municipal tem a missão de eleger delegados e propor projetos, que serão levados à conferência estadual, somando-se às ideias de outras cidades e, por fim, apresentados na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiental, que será realizada em maio de 2025.
Cleudon França, Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Marechal Thaumaturgo, lembra que as ações em nível local já conseguem impactar a realidade dos mais impactados pelas mudanças climáticas e que as boas iniciativas podem atender demandas de outras localidades, por isso precisam ser compartilhadas.
“Tivemos um ano de grandes impactos no que se refere as mudanças climáticas – com cheias, secas, ondas de calor e friagens históricas. Isso é uma demonstração clara do resultado das ações humanas no Meio Ambiente. Nos últimos meses frente a pasta da Sematur desenvolvemos projetos e iniciativas que já dão uma devolutiva positiva perante a comunidade local. Nossa meta agora é ouvir a comunidade, entender melhor as necessidades e propor novas ações”, pontua França.
“Precisamos muito que a população participe e não só os representantes de órgãos e entidades. O cidadão está na ponta do processo, ele sofre as consequências do desequilíbrio climático e muitas vezes não tem ferramentas para resolver ou sair daquela situação. Por isso, convidamos a todos para participar das discussões”, ressalta Jardenilson Vieira, Técnico Ambiental da SEMATUR/MTH.
A Conferência será uma grande oportunidade para reunir toda a sociedade thaumaturguense, juntamente ao Poder Público, para discutir e entender melhor o que é a emergência climática e o que deve ser feito para se adequar a esse cenário. Os participantes poderão apresentar propostas para enfrentar o aumento global da temperatura e suas consequências dentro dos cinco eixos definidos pela 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente:
• Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa.
• Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos.
• Justiça climática: superação das desigualdades.
• Transformação ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social.
• Governança e Educação Ambiental: participação e controle social.
“Pretendemos também, com a participação da sociedade, fortalecer – com ideias e propostas, o sistema de administração da qualidade ambiental do município, definindo diretrizes para as políticas ambientais do município”, enfatiza a Coordenadora de Meio Ambiente do município, Silvia Maria Costa.
EMERGÊNCIA GLOBAL
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 2023 foi o ano mais quente da história com impactos em todas as regiões do país, gerando ondas de calor, inundações e secas severas.
Ainda segundo o ministério, já existe um consenso entre os cientistas que o aumento constante da temperatura do planeta é uma consequência direta da alta concentração de gás carbônico e outros gases do efeito estufa na atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis, que responde pela maior parcela da situação.
A COP 30 (Conferência do Clima), que será realizada em 2025, em Belém (PA), terá o objetivo de fortalecer os compromissos globais em relação à emergência climática. A meta é limitar o aquecimento do planeta a, no máximo, 1,5ºC acima dos níveis registrados antes do período industrial.